Índia lança operação contra Paquistão

O exército indiano afirmou ter realizado ataques em áreas do território paquistanês e da Caxemira ocupada.

06/05/2025 19h25

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(Imagem de reprodução da internet).

O Paquistão enfrentou uma grande operação militar do Afeganistão, em uma significativa escalada de tensões entre os dois países com armas nucleares.

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A Índia afirmou que os ataques com mísseis na manhã de quarta-feira visavam a “infraestrutura terrorista” no Paquistão e na Caxemira administrada pelo Paquistão. O Paquistão negou a alegação, afirmando que o ataque causou principalmente ferimentos a civis, matando pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, e ferindo pelo menos uma dúzia.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, afirmou que o país tinha o direito de responder ao que ele considerou um “ato de guerra”, adiantando que “uma resposta adequada está sendo dada”.

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As medidas ocorrem em razão do recente ataque terrorista de Pahalgam, no qual 25 indianos e um cidadão nepalês foram mortos, afirmou o Ministério da Defesa da Índia em comunicado, referindo-se ao ataque ocorrido no mês passado a turistas na Caxemira administrada pela Índia.

As ações foram focadas, comedidas e não escalonadas. Nenhuma instalação militar paquistanesa foi alvo. A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução.

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A Índia afirmou que nove locais foram alvo.

Fortes explosões foram ouvidas na Caxemira, sob administração do Paquistão, segundo um jornalista da CNN.

Militares do Paquistão afirmaram que a Índia realizou ataques com mísseis.

O Paquistão responderá no momento e local que escolher, afirmou o porta-voz militar paquistanês Ahmed Sharif Chaudhry à Geo TV. “Esta provocação hedionda não ficará sem resposta.”

Fontes militares paquistanesas informaram à CNN que cinco áreas foram atingidas em Kotli, Ahmadpur East, Muzaffarabad, Bagh e Muridke.

Três cidades – Kotli, Muzaffarabad e Bagh – estão localizadas no Cachemira sob administração paquistanesa. Ahmadpur East e Muridke situam-se ambas na província do Punjab, no Paquistão.

Apenas civis e paquistaneses inocentes foram afetados pelos ataques, conforme a avaliação preliminar dos danos, informaram as fontes.

Ponto de inflamação perigoso

Potências globais, como os Estados Unidos, solicitaram cautela nas semanas seguintes ao ataque a turistas no mês passado, temendo que um conflito militar entre a Índia e o Paquistão pela Caxemira se agravesse rapidamente.

Os dois países rivais, ambos com armas nucleares, lutaram por três guerras pelo território montanhoso, atualmente dividido por uma fronteira reconhecida, conhecida como Linha de Controle (LOC), desde sua independência da Grã-Bretanha há quase 80 anos.

O aumento das tensões ocorreu após homens armados assassinarem 26 turistas em Pahalgam, no Vale do Kashmir, controlado pela Índia, no mês anterior, sendo o ataque mais letal contra civis indianos nos últimos anos.

Os ataques de quarta-feira representam a ação militar mais relevante desde 2019, quando aeronaves indianas conduziram ataques aéreos contra diversos alvos no Paquistão, após o país acusar Islamabad de cometer um ataque suicida com veículo-bomba que resultou na morte de pelo menos 40 paramilitares indianos na região.

O Paquistão foi acusado pela Índia de estar envolvido no ataque a Pahalgam, uma alegação que Islamabad rejeita. O Paquistão propôs uma investigação imparcial sobre o ocorrido.

O ataque desencadeou uma revolta ampla e o primeiro-ministro Narendra Modi enfrentava forte pressão para responder com força.

Após o ataque a Pahalgam, ambos os países diminuíram rapidamente as relações e têm se envolvido em crescentes atos de retaliação.

O Paquistão foi solicitado a retirar seus cidadãos, uma fronteira relevante foi fechada e a Índia interrompeu sua participação em um acordo de compartilhamento de água, firmado em 1960.

O Paquistão suspendeu o comércio com a Índia e expulsou diplomatas indianos. Declarou que qualquer tentativa de interromper ou desviar água pertencente ao Paquistão seria considerada um “ato de guerra”.

Nova Deli e Islamabad também demonstraram seu poderio militar, com o aumento das tensões na Linha de Comando e trocas de disparos na demarcação nos últimos dias. Ambos os lados também fecharam seus espaços aéreos para as companhias aéreas um do outro.

Em atualização.

Fonte: CNN Brasil

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