Índice de atividade do setor de serviços na China registra o menor nível em 9 meses, aponta pesquisa do Caixin

O setor de serviços da China registrou uma expansão na velocidade mais lenta em nove meses em junho, devido ao declínio da demanda e à redução dos novos pedidos de exportação, em um cenário comercial tênue com os Estados Unidos, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (3).

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global registrou uma queda de 51,1 para 50,6 em junho, representando a expansão mais tênue desde setembro de 2024, porém mantendo-se acima de 50, que indica expansão versus contração.

A leitura coincidiu, em linhas gerais, com a pesquisa oficial da China, que indicou uma leve redução na atividade de serviços, de 50,2 para 50,1 no mês anterior.

O PMI da Caixin é visto como uma melhor representação das tendências entre as empresas menores, focada nas exportações, ao passo que o PMI oficial acompanha predominantemente empresas de grande e médio porte, incluindo as estatais.

O economista sênior do Caixin Insight Group, Wang Zhe, observou que indicadores macroeconômicos recentes apresentaram divergência, com o consumo em alguns setores acima das previsões, ao mesmo tempo em que o ritmo de crescimento do investimento e da produção industrial desacelerou.

É preciso reconhecer que o ambiente externo permanece rigoroso e complexo, com crescentes incertezas. A questão da demanda interna insuficiente no país ainda não foi solucionada de forma definitiva, acrescentou Wang.

O aumento das pressões deflacionárias e uma crise imobiliária contínua continuaram a afetar a demanda e o crescimento da segunda maior economia do mundo.

Apesar dos Estados Unidos e da China terem estabelecido uma estrutura de acordo comercial, especialistas preveem que as tarifas americanas continuem em patamares elevados, exercendo pressão sobre os exportadores e exigindo que busquem mercados alternativos ou que incrementem o consumo doméstico.

A expansão tanto da oferta quanto da demanda permaneceu branda em junho, acompanhada de uma redução no índice de novos pedidos.

As incertezas externas impactaram as exportações de serviços, resultando em uma queda nos novos negócios de exportação pelo segundo mês consecutivo, com a taxa de contração mais rápida desde dezembro de 2022.

Os prestadores de serviços demonstraram cautela nas contratações, o que resultou em uma queda no índice de emprego em junho, após um período de crescimento. Isso ocasionou o acúmulo mais rápido de negócios em aberto em um ano.

O Índice PMI Composto da China atingiu 51,3 em junho, em relação a 49,6 no mês anterior.

O Brasil ocupa a segunda maior taxa de juros reais no mundo, após o aumento da taxa Selic.

Fonte por: CNN Brasil