Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registra alta de 0,43% em abril, impulsionado por alimentos e saúde

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que indica a inflação, registrou aumento de 0,43% em abril, diminuindo 0,21 ponto percentual em relação à taxa de março (0,64%).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do IPCA-15 nesta sexta-feira (27/3).

A inflação apresentou alta, porém desacelerou em comparação com o mês anterior, ficando um pouco abaixo das previsões do mercado financeiro, que estimavam um aumento de 0,44% em abril.

No período de 12 meses, o IPCA-15 apresentou alta de 5,49%, superior aos 5,26% dos 12 meses anteriores. Em 2024, o índice subiu 2,43%. Em abril de 2024, o IPCA-15 registrou variação de 0,21%.

De acordo com o IBGE, o avanço da inflação foi motivado pelos setores de Alimentação e bebidas (1,14%) e Saúde e cuidados pessoais (0,96%), que representam 88% do índice no mês.

O IPCA-15

Tomates elevam a inflação dos alimentos.

No segmento de Alimentação e bebidas, o consumo de alimentos no domicílio, que compreende as compras em supermercados, aumentou de 1,25% em março para 1,29% em abril. O tomate foi o item que mais contribuiu para esse crescimento.

Foram responsáveis pelo aumento do valor no mês:

O consumo fora de domicílio (0,77%) também aumentou em relação a março (0,66%), devido ao crescimento do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%), que haviam apresentado, em março, altas de 0,68% e 0,62%, respectivamente.

Saúde aumenta com o aumento dos valores dos remédios.

A inflação do segmento de saúde e cuidados pessoais (0,96%) exerceu significativa influência no índice geral, impulsionada pelos itens higiene pessoal (1,51%), produtos farmacêuticos (1,04%) e plano de saúde (0,57%).

De acordo com o IBGE, o aumento nos preços de produtos farmacêuticos foi motivado pelo ajuste de até 5,09% nas tarifas dos medicamentos, iniciado a partir de 31 de março.

Transportes em declínio.

No setor de Transportes (-0,44%), o único com desempenho negativo em abril, a principal razão foi a redução nos preços das passagens aéreas, que caíram 14,38% e impactaram -0,11 ponto percentual no IPCA-15.

Os combustíveis também influenciaram o resultado com variações negativas nos preços do etanol (-0,38%), do gás veicular (-0,71%), do óleo diesel (-0,64%) e da gasolina (-0,29%).

Habitação e variação regional

Em Habitação, que desacelerou na passagem de março para abril, o resultado da energia elétrica residencial foi de -0,09%, em comparação com 0,43% em março. Já a taxa de água e esgoto (0,12%) considera o reajuste de 4,17% em Goiânia (2,09%) em vigor desde 1º de abril.

Na região, a maior variação ocorreu em Porto Alegre (0,88%), devido ao aumento nos preços do tomate (61,16%) e da gasolina (2,25%). Goiânia apresentou o menor resultado (-0,13%), com redução nos preços do etanol (7,60%) e da gasolina (3,70%).

Destaques do IPCA-15

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 18 de março a 14 de abril de 2025 (referência) e comparados com os existentes de 13 de fevereiro a 17 de março de 2025 (base).

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva no mês.

Variação de cada grupo em abril:

Impacto de cada grupo no índice IPCA-15 de março:

A próxima divulgação, referente a maio, será em 27 de maio.

Fonte: Metrópoles