Indiciado por homicídio de empresário obtém aparelho celular após suposta adulteração
28/04/2025 às 17h49

Em São Paulo, o advogado Mário Vitorino (à esquerda), de 24 anos, acusado de assassinar o empresário Igor Peretto (ao centro), de 27 anos, em agosto do ano passado em Praia Grande, obteve na Justiça o direito de recuperar arquivos de um celular apreendido, após o aparelho ter sido supostamente manipulado pelo irmão da vítima, o vereador Tiago Peretto (União Brasil).
Ao ser preso em 15 de setembro, Mário estava com três celulares, dois iPhones 15 Pro Max e um Samsung. Tiago teria empregado um dos aparelhos, por meio de um terceiro, para rastrear a localização do acusado, que se encontrava escondido em Torrinha, interior de São Paulo. O vereador auxiliou a polícia na localização e prisão do então suspeito pelo homicídio.
Tiago publicou um vídeo em suas redes sociais, alegando ter tido acesso a conteúdo de um bem apreendido, conforme a defesa de Mário. Não ficou claro a qual objeto o vereador se referia.
A defesa de Mário contesta as provas apresentadas no processo. A equipe de defesa afirma que as capturas de tela encontradas nos autos foram obtidas ilegalmente pelo celular de Mário por Marcelly Peretto e Rafaela, sem ordem judicial.
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Marcelly, irmã mais nova de Igor, e Rafaela, viúva da vítima, também são acusadas de participação no crime.
Os aparelhos apreendidos com Mário não foram submetidos a perícia, conforme ressaltou o Ministério Público de São Paulo (MPSP). A defesa do acusado recusou inicialmente a vistoria, porém voltou atrás e solicitou o exame para comprovar a autenticidade dos prints apresentados pelas correias.
A obtenção de acesso a um aparelho celular apreendido.
Em 2 de abril, o MPSP se manifestou a favor de devolver o aparelho de Mário. No dia 21, o juiz responsável pelo caso, Felipe Esmanhoto Mateo, autorizou a disponibilização dos dados do aparelho em benefício da defesa do acusado.
Os advogados de Mário não terão acesso ao aparelho, mas poderão consultar os arquivos que ele contém. Para isso, os defensores devem apresentar um dispositivo externo de armazenamento, como HD ou SSD, à Polícia Judiciária, para o qual serão transferidos os dados do celular. A transferência deverá ser feita sob supervisão da Polícia Civil.
Investigação de ocorrência criminal.
A manhã do crime
Prisões
Audiências
A primeira audiência sobre o caso ocorreu em 20 de março, no Fórum da Praia Grande, com a realização de interrogatório dos réus, depoimento de testemunhas e discussão entre as partes.
A audiência foi remarcada para o dia 7 de maio. Na ocasião, novas testemunhas serão ouvidas.
Fonte: Metrópoles