Indivíduo investigado por tentativa de ataque a Lady Gaga planejava assassinar criança em direto
Foram executados 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades de quatro estados brasileiros.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro constatou que um dos alvos da operação que impediu um ataque ao show da cantora Lady Gaga, no sábado (3/5), também planejava realizar um ato violento: a execução de uma criança em tempo real, por meio de transmissão ao vivo nas redes sociais. A informação foi obtida durante a execução de um mandado de busca e apreensão no município de Macaé, na região do Rio de Janeiro, como parte da Operação Fake Monster, conduzida em conjunto com o Ministério da Justiça.
O suspeito fazia parte de um grupo extremista que operava em fóruns e plataformas online, disseminando discursos de ódio, radicalizando menores e incitando violência contra grupos vulneráveis, incluindo crianças, jovens e a comunidade LGBTQIA+.
As autoridades informaram que o suspeito de Macaé não apenas participou dos planos de ataque ao evento da cantora pop, mas também divulgou publicações com ameaças de assassinato de uma criança durante uma transmissão ao vivo.
A investigação aponta, com base nos dados recuperados das redes do investigado e nos dispositivos eletrônicos, evidências de uma rede digital organizada para propagar violência, incitar automutilação, compartilhar pornografia infantil e promover ataques com armas improvisadas e coquetéis molotov.
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Além do suspeito de Macaé, outras ações da operação resultaram na prisão de um homem no Rio Grande do Sul, identificado como líder do grupo, e na apreensão de um adolescente no Rio de Janeiro por armazenar material de abuso sexual infantil. Foram cumpridos, ao todo, 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades de quatro estados brasileiros.
A polícia constatou que o grupo operava como uma célula extremista buscando notoriedade online. Os atos, que compreendiam planos para ataques em eventos de grande público, eram considerados “desafios coletivos” com o intuito de obter atenção e seguidores nas redes sociais. O material compartilhado entre os integrantes incluía elogios ao nazismo, preconceito racial, homofobia e estímulo à violência extrema.
Apesar da gravidade da ameaça ao show da Lady Gaga, a atuação das autoridades ocorreu com total discrição. O evento prosseguiu normalmente, sem riscos ao público. O material apreendido está sendo analisado. Os envolvidos podem responder por crimes como terrorismo, indução ao crime, apologia à violência, pedofilia e formação de organização criminosa.
Fonte: Metrópoles