O fundo soberano da Indonésia, Danantara, está prestes a assinar um acordo de US$ 8 bilhões com a empresa americana KBR Inc para a construção de 17 unidades de refinarias modulares. A informação foi confirmada pela Reuters nesta terça-feira (22.jul.2025), conforme consta em apresentação oficial do ministério da Economia indonésio, que foi analisada pela agência de notícias.
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O acordo integra o acordo comercial estabelecido entre Indonésia e Estados Unidos na semana passada, que diminuiu a alíquota aplicada pelos EUA de 32% para 19%. O ministro da Economia da Indonésia, Airlangga Hartarto, principal negociador do acordo, detalhou o projeto das refinarias modulares durante reunião com líderes empresariais indonésios na noite de segunda-feira (21.jul).
O Danantara, anteriormente conhecido como DAN (Daya Anagata Nusantara), gerencia ativos superiores a US$ 900 bilhões e implementa um projeto para ampliar a economia de US$ 1,5 trilhão, com uma taxa de crescimento de 8%, em contraste com os 5% atuais.
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A apresentação aponta um investimento de US$ 2 bilhões para desenvolver amônia azul na Louisiana, pelo grupo indonésio Indorama. O documento destaca que o projeto requer créditos fiscais para se tornar viável. O valor total dos possíveis acordos entre os dois países pode atingir US$ 34 bilhões.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), declarou na semana passada que a Indonésia adquiriria 50 aeronaves da Boeing como parte do acordo. A apresentação aponta que o valor total dos contratos no setor de aviação com empresas norte-americanas totaliza US$ 14,4 bilhões.
Jacarta estima que a diminuição da alíquota de impostos poderá elevar seu crescimento do Produto Interno Bruto em 0,5 pontos percentuais.
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A Indonésia acolhe com satisfação o aumento dos negócios e investimentos dos EUA, visando a geração de empregos, a transferência de tecnologia e o apoio a desenvolvimentos nacionais prioritários.
O documento indica que a tarifa mais acessível para a Indonésia pode transformá-la em destino para transferência de empresas da região.
Apple e General Electric também foram citadas na apresentação como empresas americanas que obtiveram vantagens das regulamentações flexibilizadas de conteúdo local para produtos de tecnologia e equipamentos médicos.
A legislação indonésia exige que uma determinada parcela dos produtos sejam produzidos internamente. Essas normas foram vistas como excessivamente restritivas por algumas empresas estrangeiras que visavam estabelecer-se no quarto país mais populoso do mundo.
Fonte por: Poder 360