Indústria defende negociação, não retaliação
A Confederação Nacional da Indústria apresentou ao governo oito propostas visando mitigar os impactos da taxa de 50% aplicada pelas autoridades americanas.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) defendeu nesta quarta-feira (30.jul.2025) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) priorize a negociação com os Estados Unidos em relação às tarifas sobre produtos brasileiros. A entidade também reforçou que a decisão da Casa Branca gera grande preocupação.
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Encontram-se listadas entre as consequências:
A aplicação da sobretaxa sobre os produtos brasileiros, mesmo que com exceções, prejudica consideravelmente a indústria nacional, com impactos diretos na competitividade. Não há justificativa técnica ou econômica para o aumento das tarifas, mas defendemos que não é o momento de retaliação. Continuamos defendendo a negociação como forma de convencer o governo americano de que essa medida é uma relação de perdas para ambos os países, não apenas para o Brasil, declarou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
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Segue a nota (PDF – 375 kB) da confederação.
Medidas
A CNI informou ter encaminhado uma lista contendo 8 propostas ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na quarta-feira (30.jul).
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Minas Gerais
A Fiemg também manifestou sua “preocupação” com o decreto publicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Apesar de itens como petróleo, produtos da metalurgia, aeronaves e equipamentos industriais terem sido isentos de tributação, é fundamental que o governo brasileiro adote medidas diplomáticas urgentes para minimizar os impactos negativos sobre os setores excluídos da isenção.
A organização reiterou que produtos como café, carnes, açúcar e etanol permanecem sujeitos a tributação adicional. Indicou que isso “prejudica gravemente a competitividade dessas matrizes produtivas no mercado americano”.
A Fiemg afirmou que a isenção divulgada sobre certos produtos representa 37% das exportações para os Estados Unidos, correspondendo a US$ 1,7 bilhão.
A organização acompanha de perto os desdobramentos da medida e seus efeitos sobre a indústria mineira. Reitera a necessidade de uma atuação contundente do governo federal para negociar com as autoridades norte-americanas um acordo que abranja todos os setores industriais brasileiros exportadores não incluídos nas exceções, os quais podem ser severamente afetados por uma tarifação integral de até 50%.
Fonte por: Poder 360