Indústrias e empresas brasileiras respondem à alta tarifária imposta pelos EUA

Abiplast, Firjan e Amcham apontam riscos à competitividade, enquanto o setor de petróleo celebra a isenção.

30/07/2025 22h36

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(Imagem de reprodução da internet).

As tarifas de 50% nas importações brasileiras foram oficialmente estabelecidas nesta 4ª feira (30.jul.2025) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). O decreto cita produtos isentos de tarifas, incluindo suco de laranja, derivados de petróleo e aviões comerciais.

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A decisão impactou significativamente empresas dos setores industrial e comercial. Setores como o de plástico e a indústria manifestaram preocupações sobre os efeitos econômicos e diplomáticos, enquanto o setor de petróleo e gás comemorou a remoção da medida e mencionou a proteção de investimentos. Consulte a lista contendo os 694 produtos retirados da tarifa (PDF – 399 kB).

A Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) manifestou preocupação com a medida. A organização estima que até 20% das exportações vinculadas ao setor possam ser afetadas, o que representa uma perda de 1,5 bilhão a 2 bilhões de dólares.

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O plástico representa 95% do Produto Interno Bruto, declarou o presidente do conselho da entidade, José Ricardo Roriz.

Roriz criticou a política externa brasileira e declarou que a diplomacia foi “inoperante” em resposta aos sinais enviados durante a campanha de Trump para o governo em 2024.

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Tínhamos uma tarifa confortável de 10% e deixamos essa vantagem por falta de ação, declarou.

A Firjan manifestou “preocupação” significativa em relação à decisão do governo dos EUA. Para a organização, as tarifas afetam diretamente o comércio exterior do estado, especialmente em municípios que não estão na lista de isenções.

Uma pesquisa da Firjan aponta que 60% dos empresários locais preveem impactos imediatos, incluindo declínio nas vendas e diminuição das exportações. Adicionalmente, 42% dos empresários entrevistados mencionaram a possibilidade de desligamentos.

As tarifas continuam sendo uma grande preocupação, afirmou em nota. A federação defendeu uma ação diplomática urgente para amenizar os impactos das medidas.

A Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) também manifestou críticas em relação ao tarifação. Declarou que a medida “prejudica as relações econômicas e comerciais entre os dois países”.

De acordo com uma pesquisa da Amcham, mais de cinquenta por cento das empresas exportadoras consideram que as vendas para os Estados Unidos podem ser totalmente ou significativamente interrompidas.

A organização aponta que 86% das empresas consideram atos de reciprocidade como um risco à segurança jurídica e ao ambiente de negócios no Brasil.

Divergências comerciais devem ser resolvidas através do diálogo construtivo, declarou.

O setor de petróleo e gás se destaca entre os pouquíssimos setores que foram isentos de tarifas. O IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) manifestou satisfação com a medida.

Para o instituto, a exclusão reconhece a importância estratégica do setor no comércio bilateral e preserva os fluxos comerciais e os investimentos.

Os principais produtos isentos do imposto.

Consulte mais informações sobre a taxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos contra o Brasil.

Fonte por: Poder 360

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