Pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, identificaram que a aplicação de nanopartículas de ouro via injeção na retina pode recuperar a visão em pacientes com degeneração macular relacionada à idade e outras condições oculares.
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O estudo, em estágio inicial, utilizou camundongos com distúrbios da retina, indicando uma nova perspectiva de tratamento menos invasiva quando comparado às próteses retinianas existentes.
Os pesquisadores do estudo consideram que a técnica pode alterar os modelos de tratamento para doenças degenerativas da retina.
A nova abordagem inovadora prevê avanços substanciais na resolução espacial e na ampla aplicabilidade, oferecendo um método preciso, adaptável e menos invasivo para a restauração da visão, conforme afirmam os autores do estudo em artigo científico publicado na revista ACS Nano, em março.
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A degeneração macular relacionada à idade é uma doença frequente, que impacta milhões de indivíduos globalmente, podendo resultar na perda da visão se não for tratada. O paciente tem dificuldade em perceber detalhes e linhas retas aparecem como ondas, comprometendo a percepção espacial e a autonomia do paciente.
O tratamento com nanopartículas de ouro.
Novamente, nanopartículas de ouro são combinadas com anticorpos para direcionar células oculares específicas. Posteriormente, são injetadas na câmara vítrea – o espaço entre a retina e a córnea preenchido por gel.
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Um dispositivo de laser infravermelho é empregado para excitar as nanopartículas e ativar células específicas, de maneira análoga aos fotorreceptores.
Os testes em camundongos demonstraram que o tratamento foi eficaz na recuperação da visão dos animais. O estudo revelou que as nanopartículas podem permanecer na retina por longos períodos sem causar toxicidade significativa, auxiliando no reparo de fotorreceptores danificados.
Os pesquisadores acreditam que, caso o tratamento seja viável para humanos, o laser de ouro poderá ser integrado a um modelo de óculos. É necessário realizar mais estudos, com aprimoramento da técnica.
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Fonte: Metrópoles