INSS implementará o uso de identificação biométrica para trabalhadores consignados
Os desbloqueios de empréstimos poderão ser realizados por meio do aplicativo Meu INSS utilizando a biometria.

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) implementará a exigência de biometria para o desbloqueio de empréstimos consignados. A medida terá início em 23 de maio de 2025. Consulte a íntegra do despacho, publicada nesta segunda-feira (19.mai) no Diário Oficial da União (PDF – 96 kB).
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O instituto visa identificar fraquezas operacionais e aplicar ações corretivas e de melhoria, assegurando maior segurança e adequação aos processos pertinentes.
A decisão ocorreu em razão das ações implementadas após a PF (Polícia Federal) conduzir uma operação para apurar um esquema de desvio de até R$ 6,5 bilhões em aposentadorias e pensões do INSS, envolvendo sindicatos e outras organizações.
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O reconhecimento facial e a leitura da digital do usuário estão disponíveis no aplicativo Meu INSS. Ambas as opções são confirmadas em bancos de dados do governo federal.
O documento foi assinado pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior. Em 8 de maio, ele determinou o bloqueio automático de descontos de empréstimos consignados em todas as aposentadorias e pensões, “independentemente da data de concessão do benefício”.
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Golpes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social são comuns, com criminosos buscando informações pessoais e dados bancários de aposentados e trabalhadores para aplicar fraudes.
A Operação Desconto obteve cumprimento de 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva no Distrito Federal e em 13 estados.
A Polícia Federal identificou irregularidades nos descontos de taxas associativas sobre benefícios previdenciários, incluindo aposentadorias e pensões concedidos pelo INSS.
O governo comunicou que, em 2023, a CGU (Controladoria-Geral da União) iniciou uma série de apurações sobre o aumento do número de entidades e dos valores descontados dos aposentados.
Foram conduzidas auditorias em 29 entidades com ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) junto ao INSS, além de entrevistas com 1.300 aposentados com descontos em seus pagamentos.
Na operação, 6 pessoas foram afastadas de seus cargos. Dentre elas, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi substituído por Waller Júnior.
Fonte: Poder 360