INSS: Lula não estabelece prazo para devolução de valores e atribui responsabilidade à gestão Bolsonaro

O presidente afirmou na Rússia que as autoridades examinarão “se havia algum membro do governo anterior” envolvido nas fraudes no INSS.

10/05/2025 6h13

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estabeleceu um prazo para a restituição dos valores desviados do pagamento de aposentados do INSS e atribuiu a responsabilidade pelo escândalo à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Lula declarou, em entrevista ao final de sua visita à Rússia, que é necessário investigar minuciosamente todos os detalhes antes de estabelecer valores e prazos para a restituição do dinheiro desviado de aposentados e pensionistas.

A decisão de devolver ou não dependerá da comprovação do número de pessoas cujos nomes foram incluídos em listas sem a sua assinatura. Como aqueles que assinaram já deram autorização, o que se busca, e justifica a crítica sobre o atraso, é evitar uma reação exagerada e não identificar adequadamente o escândalo.

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Em seguida, Lula responsabilizou o governo anterior pelo escândalo.

Desmontamos uma chapa que surgiu em 2019. E vocês sabem quem estava no poder no Brasil naquele ano.

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Ele perguntou se sabiam quem era o ministro da Previdência, quem era o chefe da Casa Civil. Poderiam ter feito um show de pirotecnia, mas não queriam manchete. Queriam apurar.

O presidente Lula indicou que um membro da gestão anterior pode ter se envolvido no escândalo.

Vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo. E se alguém do governo passar envolvido nisso, é isso que vamos fazer. Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para apresentar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade.

Ele também ressaltou que não todas as entidades envolvidas têm responsabilidade nas irregularidades. “Tem entidades sérias no meio que certamente não cometeram nenhum crime, e tem entidades que foram criadas para cometer crime”, afirmou.

O presidente afirmou que os prejuízos serão suportados pelas entidades envolvidas, e não pelos aposentados e pensionistas.

“Os que foram explorados pelo aposentado e o pensionista brasileiro sofrerão os prejuízos […] As entidades que cometeram o roubo verão seus bens serem congelados. Utilizaremos esses bens, repatriando o dinheiro, para que possamos pagar as pessoas”, declarou.

Ele também ressaltou que a profundidade da investigação justifica o tempo necessário para revelar o que de fato aconteceu. “A gente não quer uma manchete de jornal, a gente quer apurar […], e é por isso que tem a crítica de que ainda demora, é apurar com seriedade. Tanto a CGU como a Polícia Federal foram a fundo para chegar ao coração da quadrilha”.

O esquema, divulgado no mês passado por uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), compreendia o desconto indevido de valores em contracheques de aposentados e pensionistas por sindicatos e associações. A fraude movimentou aproximadamente R$ 6,3 bilhões nos últimos anos.

Após a divulgação do caso, seis servidores públicos foram afastados e o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, renunciou. Em meio à crise, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), também pediu demissão após reunião com Lula.

Fonte: CNN Brasil

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