INSS: Stefanutto migrou do PSB para o PDT e figurava como candidato a deputado

23/04/2025 às 16h25

Por: José News
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(Imagem da internet).

Após deixar a presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto migrou do Partido Socialista Brasileiro (PSB) para o Partido Democrático Trabalhista (PDT) em janeiro. Sua exoneração ocorreu na quarta-feira (23/4), em decorrência da operação da Polícia Federal (PF) que investiga supostas fraudes relacionadas ao desvio de aposentadorias por meio de descontos não autorizados dos beneficiários, revelada pelo Metrópoles.

Stefanutto ingressou no PSB em 2012 e permaneceu na legenda até janeiro de 2025, momento em que se desligou para aderir ao PDT. Possuía registro de filiação em São Paulo. Apresentava-se como candidato à presidência do INSS, indicado pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e era considerado para disputar uma vaga de deputado federal.

Lupi, além de ministro, lidera o PDT e respondeu pela nomeação de Stefanutto. Anteriormente, havia especulação de que a escolha foi feita mediante indicação do PSB, rejeitada pela legenda do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

O ex-presidente do INSS nasceu em São Paulo (SP) e possui graduação em Direito pela Universidade de Mackenzie. Possui experiência no serviço militar, na Marinha, e trabalhou na Receita Federal. Na política, é filiado ao PSB, porém assumiu a presidência do Instituto através do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, do PDT.

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O PSB reconheceu a filiação de Stefanutto, mas declarou que a ascensão ao cargo no INSS não tem relação com a sigla. “Não é indicação do partido, embora seja seu filiado. O PSB manifesta seu total apoio à apuração dos fatos, com a expectativa de que, respeitados o devido processo legal e o amplo direito de defesa, as denúncias sejam plenamente esclarecidas”, afirmou o partido em nota.

O ministro da Previdência assumiu a indicação. “É de minha inteira responsabilidade. Vamos esperar as investigações. Há a decisão do afastamento, e decisão se cumpre. Vamos garantir o amplo direito de defesa.” (…) Queremos proteger nossos aposentados e pensionistas, e temos esse ato de investigação, tem a inteligência da Previdência”, comentou Lupi.

A operação realizada nesta quarta-feira identificou deduções indevidas nos pagamentos de aposentados entre 2019 e 2024, que totalizariam mais de R$ 6 bilhões. “Fraude contra os aposentados, vítimas fáceis desses criminosos que se apropriaram das pensões de aposentadorias”, descreveu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. “A PF foi acionada no início deste ano para investigar”, complementou.

Fonte: Metrópoles

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