Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é investigado por doação de R$ 60 mil a ex-ministro da Previdência

Empresa celebrou acordo com o INSS durante o período em que Onyx Lorenzoni liderava a Previdência; ex-diretor fez doações para campanha do ex-ministro no governo do Rio Grande do Sul.

03/05/2025 2h40

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(Imagem de reprodução da internet).

Onyx Lorenzoni, ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social de Jair Bolsonaro, recebeu uma doação de R$ 60 mil na campanha ao governo do Rio Grande do Sul, em 2022, proveniente de Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), uma entidade investigada em esquema de descontos bilionários do INSS.

O acordo de cooperação técnica entre a ABCB e o INSS, que possibilitou descontos de 2,5% sobre aposentadorias, teve início em março de 2022, quando Lorenzoni liderava a Previdência e Gomes comandava a associação, e foi assinado em agosto do mesmo ano, período em que o político gaúcho já estava em campanha — a doação eleitoral, destacada pela Polícia Federal, foi realizada em 30 de setembro.

O escândalo do INSS foi exposto pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. Três meses depois, o portal noticiou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados aumentou significativamente, atingindo R$ 2 bilhões em um ano, ao mesmo tempo em que as associações enfrentavam milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles propiciaram o inquérito aberto pela PF e forneceram informações para as investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). Um total de 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que originou a Operação Sem Desconto, desencadeada em 23/4 e que resultou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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A reportagem não obteve contato com Onyx Lorenzoni e Felipe Macedo Gomes nesta sexta-feira (2/5). O espaço permanece aberto para manifestações.

Fonte: Metrópoles

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