Instituto Nacional do Seguro Social registra 176 mil reclamações sobre deduções em pagamentos

Aposentados e pensionistas não aceitam as respostas das entidades; a CNN divulgou no mês passado que gravais falsas estavam sendo utilizadas em resposta…

02/07/2025 13h49

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(Imagem de reprodução da internet).

O INSS já processou 176 mil reclamações de beneficiários que contestaram descontos indevidos em seus auxílios, em decorrência dos documentos apresentados pelas associações para justificar os contratos.

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As principais causas das contestações são informações incorretas nos contratos, como o número de CPF ou o nome dos beneficiários. Em casos mais graves, são apresentados áudios falsos e inventados para justificar acordos, conforme divulgado pela CNN no mês passado.

A CNN recebeu três respostas de associações distintas, que apresentaram os respectivos entendimentos enviados ao INSS.

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Em uma das denúncias, da aposentada Maria Lúcia Braga, residente no Distrito Federal, consta uma gravação em que supostamente ela aceitou os descontos. A gravação, de pouca qualidade, revela a idosa afirmando “sim” e, ao iniciar a comunicação do CPF, é interrompida pela atendente da União Nacional dos Aposentados e Pensionistas do Brasil).

A idosa declara que a gravação é falsa e que não autorizou os descontos, afirmando desconhecer o assunto. O filho da aposentada também relatou à reportagem que o “sim” do áudio não corresponde à voz da mãe.

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Em outras situações, os documentos enviados pela Ambec continham um áudio fraudulento e termos de adesão com informações incorretas.

Os dados encaminhados pela AMBEC, sob o nome de Varlinete Soares da Silva, contêm o nome de outra pessoa, Joseliete Nogueira Nery. O CPF indicado, contudo, corresponde ao de Varlinete. Adicionalmente, outros dados também estão incorretos, incluindo o endereço: a idosa reside em Brasília, mas o documento mencionava Salvador. A aposentada afirma que a gravação apresentada pela associação é falsa, com informações erradas, como nome, CPF e até mesmo a voz, que não é a sua.

Outro idoso aposentado recebeu informações da Aasap que já havia sido removido do cadastro e que o valor foi restituído no ano anterior. O mesmo negou ter recebido qualquer quantia.

A Aasap sequer demonstrou, no documento encaminhado ao INSS, que o idoso efetuou a contratação e consentiu com os descontos.

Além dos call centers responsáveis por ligações em massa, as entidades utilizaram uma ferramenta mais sofisticada para aplicar os chamados “descontos associativos” aos aposentados do INSS: robôs.

O prazo para apresentar contestações de aposentados e pensionistas permanece no INSS ou em uma agência dos Correios.

Com colaboração de João Rosa

Fonte por: CNN Brasil

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