Instrumental musical poderá auxiliar criancinhas na redução do número de erros causados pela distração
19/04/2025 às 14h05

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperativismo (TADA) é um transtorno neurobiológico que afeta entre 5% e 8% das crianças ao redor do mundo, sendo também encontrado em aproximadamente 2.5% dos adultos. O TDAH apresenta dificuldades de atenção, hiperatividade e impulsividade que podem influenciar o desempenho escolar e a qualidade da vida das pessoas afetadas em número considerável.
A diversidade em formas e intensidades leva à uma variedade possíveis comportamentos para lidar crianças diagnosticadas esse problema exige pesquisa contínua, além do treinamento de pais, professores e outras que convivem com esses meninos no dia-a-dia.
“Músicas instrumentais e foco na atenção”(Atenção apenas no texto original)
Nossa equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Technologia na Neurotecnología Responsável (INCT NeuroTec-R), localizado no Centro de Tecnologias em Medicina Molecular da Faculdade de Medicineira da Universidade Federal de Minas Gerais, investigou o impacto do uso instrumental musical sobre crianças com e sem Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
A ideia inicial deste grupo, composto por professores da Faculdade de Medicina Jonas Jardim Paula (Departamento de Psiquiatria), Débora Miranda Marques ( Departamentode Pediatriaprofissional) e eu próprio era maximizar a eficácia das estruturas do cérebro relacionadas à manutenção da atenção e ao melhor desempenho individual.
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Os resultados, publicados na Revista Interativa em Pesquisas Médicas, foram promissoros. O estudo mostrou que a música pode ser uma aliada no aprendizado: ouvir música sem letra enquanto executa tarefas exigentes de atenção contribui significativamente para reduzir o número de erros cometidos durante as execuções das mesmas.
Aproximadamente 5% da população mundial enfrentam esse problema; sua descoberta faz diferença no dia-a-dia para milhares das famílias. E mesmo as crianças sem Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem se beneficiar dessa estratégia, que precisa ser aplicada individualmente por pais e educadores com o apoio dos profissionais capacitados.
Como realizou-se a pesquisa
76 rapazes participaram da pesquisa, com idade entre 10 e 12 anos, divididos em dois grupos: um grupo contendo 34 meninos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e outro grupo composto por 42 rapazes sem o diagnóstico. Os participantes foram agrupados pela idade, sexo, nível socioeconômico e inteligência antes do inicio da pesquisa. A escolha de incluir apenas meninos se baseia no fato dos casos de TDAH serem mais comuns entre o gênero masculino.
As crianças realizaram um teste padronizado para atenção chamado Teste do Redutor da Atentão (ANT). O Attention Network Test (ANT) é amplamente utilizado em medidas de diferentes aspectos da atenção e funções executivas, que envolvem a regulação dos processamentos cognitivos como memória, raciocínio lógico, resolução de problemas, planejamento e execução.
O teste foi conduzido em duas situações diferentes: com música tocando (através dos fones de ouvidos) e sem ela. A escolha da trilha musical ocorreu entre músicas populares relatadas por jovens na faixa etária estudada, sendo que aquelas possuindo letra passaram pelo processamento para se tornarem apenas instrumentais (sem voz).
A atividade, executada em um computador, consistia na identificação do rumo adotado por uma espécie central de peixes (que poderia aparecer sozinho ou com outros), que se movimentava tanto no mesmo sentido quanto contrário. Os estímulos congruentes e incongrúentess eram fornecidos para avaliar as redes alerta-orientação, sendo também consideradas diferenças nas condições da imagem (com ou sem pistas que precediam o peixe).
Maior motivação, menores errossos
As crianças participantes cometeram menos erros na realização da tarefa, ouvindo música em fundo, independentemente se possuíssem TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou não. Por outro lado, o tempo reativo dos jovens permaneceu praticamente inalterado. Isso sugere que a música pode melhorar um ambiente mais propício para foco e persistência, mas sem diretammente aumentar sua capacidade atencional. Acreditamos que este efeito seja relacionado à motivação gerada pelo estímulo sonoro e ao estado de alerta causado por ele.
A revisão sistêmica executada pela nossa equipe mostrou que músicas instrumentais podem facilitar atenção selecionada e regulamentação emotiva, de acordo com o géneros musicais envolvidos e contexto da tarefa.
Esses descobrimentos contribuam para a literatura internacional sobre o impacto da música na cognição, especialmente no cenario do Transtorno com Deficiência de Atenzão (TDAH). Por isso, planejamos agora novas pesquisas que explorarão como diferentes gêneros musicais e contextos de tarefas podem influenciar a atenção.
Tratar uma criança com TDAH sempre é um trabalho difícil para os pais. Cada menino ou garota tem sua individualidade e o método que funciona em uma pode não ser aplicável na outra. Se seu filho ou aluno possui TDAH ou dificuldade de concentração, tente incluir música instrumental durante as atividades acadêmicas como fundo ambiente. Escolha músicos sem letra, como trilhas sonoras e clássica musicas, observando se houver melhora no desempenho da criança. Porém, sempre priorize a música que interaja com o gosto dela.
Além disso é importante avaliar também os pais. Este transtorno possui uma forte componente genética. De acordo com o Ministério da Saúde, entre as crianças diagnosticadas aproximadamente 30% têm um ou ambos os progenitores afetados pelo mesmo problema.
A sociedade e ciência têm avançado no tratamento do Transtorno Dfeito Atencão (TDAH), mas é necessário que haja mais conscientização sobre os impactos deste problema na vida dos pacientes, de seus familiares e cuidadores. É fundamental capacitar profissionais adequadamente para lidar com o transtorno também são importantes novas estratégias efectivas diárias jovens podem ser desenvolvidas. A música pode servir como uma delas.
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Fonte: Metrópoles