Intenso calor no Mundial de Clubes levanta preocupações sobre riscos à saúde

Atletas e público enfrentam calor intenso e umidade no evento esportivo.

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O calor intenso e a umidade elevada no Mundial de Clubes têm gerado preocupação entre jogadores, técnicos e espectadores. Diante das condições extremas, aumentam-se os pedidos por intervalos adicionais e adaptações nos horários dos jogos.

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No último fim de semana, a temperatura atingiu cerca de 32°C em Pasadena, na Califórnia, durante o jogo entre Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid. O calor intenso, combinado com a ausência de cobertura nas arquibancadas e no campo do Rose Bowl, dificultou a experiência para jogadores e público.

“Estava terrivelmente quente. Meus dedos dos pés doíam, minhas unhas estavam machucadas… É inacreditável”, relatou Marcos Llorente, meio-campista do Atlético de Madrid.

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Os torcedores também se manifestaram. Muitos reclamaram das longas filas sob o sol forte, da falta de áreas com sombra e das restrições quanto à entrada com água. Alguns deixaram o estádio ainda no intervalo, temendo desidratação ou desmaios.

Outras partidas, programadas para o período da tarde, devem acontecer sob condições semelhantes, elevando a preocupação com a segurança de atletas e espectadores.

Temperaturas acima de 30°C não se restringiram à Califórnia. Cidades como Miami e Los Angeles também registraram calor extremo, com índices ultrapassando os 32°C, considerados um limite de risco por especialistas em estresse térmico.

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A situação provocou alertas por parte dos sindicatos de jogadores.

O jogo entre Real Madrid e Al-Hilal, previsto para quarta-feira (18) às 16h (horário de Brasília), terá temperaturas em torno de 32°C e umidade em aproximadamente 70%.

A FIFPRO expressa preocupação.

A FIFPRO, sindicato global dos jogadores, propôs que a Fifa revise o calendário dos jogos.

A FIFPRO defende medidas abrangentes de proteção contra o calor, como pausas obrigatórias para resfriamento, alterações nos horários de início das partidas e adiamentos quando as condições representarem risco grave à saúde dos jogadores, afirmou a entidade.

A organização também ressaltou que o calendário intenso e os climas quentes em cidades como Orlando e Miami elevam a questão do calor extremo a uma preocupação cada vez mais urgente no futebol profissional.

Atualmente, as normas possibilitam apenas uma interrupção fixa por período.

O técnico inglês Thomas Tuchel, que acompanha o torneio como parte do planejamento para a Copa do Mundo de 2026, alertou que o cronograma se assemelha a um “sofrimento”, com atletas enfrentando condições adversas no meio do dia.

Controvérssas situações no torneio.

O calor é apenas uma das controvérsias que cercam o novo formato expandido do torneio, com 32 equipes. A FIFPRO e a Associação de Futebolistas Profissionais já entraram com uma ação judicial em Bruxelas, acusando a Fifa de exceder os limites ao impor um calendário de quatro semanas considerado insustentável, colocando os jogadores sob risco de exaustão física.

O aumento no número de jogos, juntamente com as condições climáticas extremas, pode comprometer gravemente o estado de saúde dos atletas.

A Fifa, por sua vez, argumenta que a prolongação dos jogos está em conformidade com o Calendário Internacional de Partidas e que os protocolos vigentes são adequados.

Fonte por: CNN Brasil

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