Inter analisa modelos de investimento e avalia a conversão em SAF
Associação procura outras fontes de recursos financeiros após a negativa do conselho ao plano de emissão de debêntures em dezembro.

O Internacional conduz um estudo aprofundado para determinar um modelo de investimento que esteja em consonância com a identidade do clube. A análise contempla a viabilidade da conversão em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) entre as opções. O processo se intensificou após o Conselho Deliberativo rejeitar o plano de emissão de debêntures em dezembro de 2024. As informações foram divulgadas pelo Globo Esporte na quinta-feira (24.jul.2025).
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A diretoria do clube avalia diversas alternativas para lidar com questões financeiras, buscando soluções que assegurem a viabilidade econômica, sem afetar os princípios da instituição. A discussão sobre o assunto teve início há cerca de três anos.
“Não precisamos ter um dono, pode ser uma sociedade de duas partes. Pode ser uma sociedade minoritária, onde vem um investidor que não necessariamente precisa comprar o controle, mas vai amarrar aquilo que lhe interessa no início da gestão”, afirmou Dalton Schmitt Jr. em entrevista ao jornal GZH.
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O Internacional e seu Conselho Deliberativo são os principais responsáveis pelo processo decisório, que determinará o futuro do clube a longo prazo. A diretoria deseja que a decisão seja construída com a participação de “várias mãos”, considerando a importância histórica e cultural da instituição.
Em maio de 2025, o Internacional formalizou um acordo de remanejamento fiscal com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para sanar dívidas que somam R$ 378 milhões. De acordo com Dalton Schmitt Jr., o passivo financeiro onera anualmente entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões das finanças do clube.
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O presidente Alessandro Barcellos comunicou, em reunião do Conselho, que a folha salarial do Internacional se encontra situada entre a 8ª e a 10ª posição no cenário nacional.
A diretoria pretende contratar uma consultoria externa para apresentar opções factíveis e estabelecer o modelo desse trabalho até dezembro de 2025. Após a contratação, o clube ampliará os estudos no segundo semestre, investindo mais “recursos” na análise do assunto.
Dalton Schmitt Jr. expressou preocupações sobre a viabilidade de determinados modelos de SAF em nível regional. “Não houve lucro, não deu certo e foi vendido para outro. Quando não conseguir, vai vender para outro. Isso é uma questão que eu acho que aqui no Rio Grande do Sul pode ser mais difícil”, declarou o vice-presidente.
O líder também afirmou: “Considere o que podemos alcançar com esses valores em um campo de futebol. O time do Inter certamente poderia ter dois, três jogadores de grande destaque, além do que já possuímos, elevando significativamente nossa capacidade”.
Fonte por: Poder 360