Intestino e cérebro se conectam: o que muda no futuro da alimentação

Estudos revelam a conexão entre o intestino e o cérebro, com sinais químicos e neurais impactando o humor, comportamento e hábitos alimentares.

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(Imagem de reprodução da internet).

Eixo IntestinoCérebro: A Conexão entre o Segundo Cérebro e a Saúde Mental

O intestino abriga mais de meio bilhão de neurônios, sendo frequentemente chamado de “segundo cérebro” do corpo. Essa notável conexão entre os dois órgãos é objeto de intensa pesquisa na medicina, conhecida como o eixo intestino-cérebro.

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Essa ligação estabelece uma comunicação bidirecional. O intestino envia sinais químicos e hormonais através de ações neuroimunes e neuroendocrinológicas, enquanto o cérebro retorna comandos que influenciam o comportamento e as funções do organismo.

É crucial entender o conectoma cerebral, o conectoma intestinal e o microbioma intestinal.

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Sensações como ansiedade e nervosismo podem ser sentidas no intestino, manifestando-se em dores abdominais ou “borboletas no estômago”. Essa ocorrência se deve às interligações entre os órgãos, abrangidas pelo conectoma cerebral e conectoma intestinal, e influenciadas pelo microbioma intestinal.

O microbioma intestinal é composto por micro-organismos, incluindo bactérias, vírus e fungos, desempenhando um papel vital no sistema imunológico e impactando aspectos físicos e comportamentais. Considerado um órgão próprio, seu equilíbrio é fundamental para a saúde.

O conectoma cerebral representa o conjunto de conexões do cérebro, uma rede neural que funciona como uma “fiação”. O conectoma intestinal mapeia as conexões nervosas do trato gastrointestinal. Essa interação entre cérebro e intestino tem implicações diretas em doenças autoimunes, síndromes metabólicas e na saúde mental.

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Com o avanço do conhecimento sobre o microbioma e seu papel no funcionamento do corpo, existem exames que analisam as bactérias intestinais. Esses testes identificam casos de disbiose – o desequilíbrio da microbiota – e auxiliam no diagnóstico precoce de doenças. O custo desses exames começa em R$ 1.129.

A importância do eixo intestino-cérebro na alimentação é significativa. Pesquisadores da Harvard Medical School indicam que cerca de 90% da serotonina do corpo é produzida no intestino, o que relaciona alterações na microbiota a quadros de depressão e ansiedade.

No contexto do eixo intestino-cérebro, a alimentação adequada desempenha um papel fundamental na manutenção da qualidade de vida. Alimentos naturais fornecem nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais, gorduras saudáveis e fibras, que regulam a química cerebral e previnem transtornos psicológicos.

Cuidar da alimentação também contribui para o equilíbrio do microbioma intestinal, prevenindo doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer.

Com o avanço dos estudos sobre o eixo intestino-cérebro, o interesse por dietas personalizadas, baseadas em testes de microbioma, está crescendo. O futuro da alimentação tende à individualização: a escolha alimentar se tornará uma forma de cuidar da saúde física e mental.

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