A Polícia Civil de São Paulo apurou indícios de que uma parcela da comissão paga pela casa de apostas VaideBet ao intermediário do patrocínio com o Corinthians foi enviada a contas possivelmente ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
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A investigação examinou dados financeiros que evidenciam um esquema complexo de transferências entre empresas, com o objetivo de mascarar a origem dos recursos.
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A investigação revela uma série de movimentações financeiras entre diversas empresas, o que dificulta o acompanhamento dos recursos. Essa operação fragmenta os valores em várias transações, combinando dinheiro de fontes legítimas e ilegais.
A investigação começou com transações de março de 2024. A Rede Social Media, que recebeu comissão sem participar diretamente da negociação do patrocínio, repassou R$ 580 mil à Neoway Soluções Integradas.
A Media Social recebeu R$ 1,4 milhão do Corinthians e repassou R$ 1,042 milhão à Neoway. Posteriormente, a Neoway enviou aproximadamente R$ 1 milhão à Wave Intermediações, que repassou R$ 874 mil à UJ Football Intermediações, empresa do empresário Ulisses Jorge.
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A Neoway investiu R$ 83 mil em 15 títulos de capitalização na mesma época em que recebeu os recursos da Rede Social Media. A empresa é registrada em nome de Edna dos Santos, que reside em situação de pobreza e nega seu envolvimento no negócio, sendo considerada “laranja” pela polícia no esquema.
A UJ Football Intermediação já havia sido mencionada pelo Ministério Público de São Paulo, em 2023, sob suspeita de envolvimento com lavagem de dinheiro para o PCC. A empresa também foi citada em delação premiada pelo empresário Antônio Vinícius Gritzbach.
Gritzbach foi assassinado em novembro de 2023 no aeroporto de Guarulhos, em um caso que a polícia considera como “limpeza” orquestrada por membros do crime organizado.
Fonte: Poder 360