Investigador da PF afirma em áudio estar preparado para deter Moraes

Wladimir Soares, acusado de integrar esquema golpista, estava entre os detidos na operação que investigou um plano de assassinato de autoridades.

15/05/2025 9h07

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Em uma gravação divulgada pela Polícia Federal (PF), o agente Wladimir Soares afirma que fazia parte de uma equipe preparada para deter o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após as eleições de 2022.

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Precisava ter agido mais rápido… deve prender e não perde muito tempo. [… ] Estávamos preparados para isso, inclusive, para deter Alexandre de Moraes. Eu estaria em uma equipe, ia dar um jeito nesse sujeito”, afirmou um dos áudios encontrados no aparelho do agente.

Em fevereiro, a CNN já havia divulgado a existência dos áudios. Numa dessas gravações, o agente da PF afirma que “estavam com Moraes [ministro] na mira”.

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Em outra mensagem de voz de Wladimir, ele expressa a frustração com a não execução da suposta trama golpista e utiliza o termo “frouxo” para se referir ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à não reação à suspensão de Moraes e à nomeação de Alexandre Ramagem para diretor-geral da PF. A decisão do ministro foi tomada em abril de 2020.

Alexandre de Moraes precisava ter agido de forma mais drástica ao impedir que o presidente colocasse o diretor Ramagem na Polícia Federal. A atitude foi fraca, e a tentativa de conduzir o caso de maneira correta resultou em um desfecho negativo.

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A Polícia Federal aponta que Wladimir era um agente infiltrado na segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fazia parte de um plano de homicídio para eliminar Lula, o vice-presidencial Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O agente da PF foi detido em novembro do ano anterior. A investigação aponta que Wladimir Soares divulgou informações estratégicas sobre o esquema de segurança de Lula, que, para a PF, fazia parte de um plano de morte.

A operação ContraGolpe da Polícia Federal revelou um plano de “neutralização” do ministro Moraes, Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, por militares das Forças Especiais do Exército, conforme informou a PF. Quatro militares e Wladimir Soares foram presos.

O relatório da Polícia Federal detalha como o grupo se comportaria, com militares em frente ao prédio onde o ministro residia, na época, na Asa Sul de Brasília, “pronto para o ato”.

Fonte: CNN Brasil

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