A Polícia Federal (PF) identificou gravações de áudio do agente Wladimir Soares, acusado de participação em um suposto plano de golpe em 2022. Nas gravações, ele declara integrar um grupo armado destinado a proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que, em caso de necessidade, estariam prontos para “matar muita gente”.

Em um dos áudios apreendidos, o policial declarou que o grupo estava preparado para agir com violência. “A gente ia com muita vontade, íamos empurrar meio mundo de gente, íamos matar meio mundo de gente, não estava nem aí”, afirmou Soares.

Investigação aponta que Wladimir Soares teria atuado como infiltrado na equipe de segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com o propósito de fornecer informações estratégicas.

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A Polícia Federal aponta que ele estava envolvido em um plano que previa o assassinato de Lula, do vice-presidencial Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Soares foi detido em novembro do ano anterior. Segundo os investigadores, ele divulgou informações sobre a segurança de Lula, o que sustenta a suspeita de envolvimento em um esquema para obstruir a posse do então presidente eleito.

Em outros trechos dos áudios, o agente relatou fazer parte de uma equipe de “operações especiais” com grande poder de fogo.

“Nós fazemos parte de uma equipe de operações especiais que estava pronta para defender o presidente armado e com o poder de fogo elevado para repelir quem viesse à frente”, afirmou o agente.

Também critica Bolsonaro por não ter determinado a ação para impedir a posse de Lula.

Não ia haver posse, cara. Nós não íamos deixar, mas aconteceu. E Bolsonaro faltou um pulso para dizer: “não tenho general, tenho coronéis, então vamos com os coronéis”. Era o que a tropa toda queria, declarou.

Na quarta-feira (14), o STF divulgou os áudios do agente. Em fevereiro, a CNN antecipou um trecho em que Soares afirmava que “estavam com Moraes na mira para atirar”.

Fonte: CNN Brasil