Investimento privado deverá cobrir 72% da infraestrutura em 2025

A CNI projeta R$ 277,9 bilhões em contribuições no setor, com um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior.

13/06/2025 14:29

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Investimento privado deverá cobrir 72% da infraestrutura em 2025
(Imagem de reprodução da internet).

Em 2025, a maior parte dos investimentos em infraestrutura no Brasil provirá da iniciativa privada. Um estudo divulgado nesta sexta-feira (13.jun.2025) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) estima que o capital privado será responsável por 72,2% dos R$ 277,9 bilhões previstos para o setor neste ano. Veja a íntegra (PDF – 841 kB).

A cifra corresponde a 2,21% do PIB e aumento de 4,2% em relação aos R$ 266,8 bilhões registrados no ano anterior. Contudo, o estudo, desenvolvido em colaboração com a Inter.B Consultoria, ressalta que o Brasil necessita remover barreiras regulatórias, otimizar o processo de licenciamento ambiental e incrementar o investimento total destinado à modernização de sua infraestrutura e ao aumento da competitividade no mercado internacional.

O ambiente de negócios precisa ser mais atraente. Atualmente, enfrentamos altas taxas de juros, que desestimulam o investimento produtivo e elevam o custo do crédito. São dois dos maiores desafios do Custo Brasil, que limitam nossa capacidade de modernizar a infraestrutura. E uma infraestrutura aprimorada reduz desigualdades, promove competitividade e impulsiona o crescimento da economia, afirmou Ricado Alban, presidente da CNI.

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Setores

Energia Elétrica

Em 2025, o setor elétrico deve concentrar a maior parte dos investimentos privados, com uma projeção de R$ 98,6 bilhões.

A expansão dos investimentos foi sustentada nos últimos anos, sobretudo em razão do aumento da oferta de energias renováveis, impulsionada desde 2022 pelos empreendimentos de MMGD (micro e mineração distribuída). Para 2025, há, ainda, a expectativa da realização de leilões de transmissão e de baterias de armazenamento.

Saneamento

Nesta área, o montante previsto de R$ 31,2 bilhões em recursos privados é influenciado pelo novo marco legal do setor, que estabelece a meta de universalizar os serviços de água e esgoto até 2033. As PPPs (Parcerias Público-Privadas) têm sido o principal instrumento de alavancagem desses investimentos.

Transportes

No setor de transportes, estima-se um investimento de R$ 42,4 bilhões proveniente de aportes privados. A maior parte (R$ 19,6 bilhões) será destinada a ferrovias, devido a recentes acordos contratuais.

Rodovias aparecem em seguida, com R$ 11,9 bilhões, seguidas por portos (R$ 4,9 bilhões), aeroportos (R$ 3,5 bilhões), mobilidade urbana (R$ 2,5 bilhões) e hidrovias (R$ 300 milhões).

O estudo da CNI indica avanços nas concessões rodoviárias, com novos modelos de contratação, além do crescimento nos investimentos portuários, possibilitado por arrendamentos e autorizações de terminais privados.

Telecomunicações

No setor de telecomunicações, o valor projetado para o ano corrente é de R$ 28,5 bilhões. O setor apresenta estabilidade após um período de altos investimentos em 2022, impulsionado pela implementação da tecnologia 5G. A projeção atual aponta para um crescimento moderado, com ênfase na ampliação da cobertura e aprimoramentos na infraestrutura já instalada.

Recomendações

O estudo apresenta, também, uma agenda com oito frentes prioritárias para liberar os investimentos em infraestrutura e aprimorar o ambiente de negócios no país. Dentre as propostas, destacam-se a ampliação da responsabilidade do investimento público, o fortalecimento das agências reguladoras, o aumento da participação do mercado de capitais no financiamento de projetos e o uso estratégico do BNDES como articulador de iniciativas sustentáveis.

Segundo o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, a expansão dos investimentos privados demanda previsibilidade e um ambiente de estabilidade.

O aumento da participação privada necessita estar fundamentado em um ambiente de negócios que proporcione uma perspectiva de estabilidade macroeconômica no médio e longo prazo, custos de transação reduzidos e menores barreiras setoriais de entrada, assegurando maior competição e mobilidade no mercado de infraestrutura.

Fonte por: Poder 360

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