Irã solicita reunião de emergência na ONU em resposta a ataques de Israel

A solicitação foi formalizada por meio de carta encaminhada nesta sexta-feira (13) ao presidente do UNSC; o aumento da tensão entre os países eleva o risco de um conflito regional ainda mais grave.

13/06/2025 10h57

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New York (United States), 05/06/2025.- A handout photo made available by the United Nations shows a view of Council members voting in favour of the resolution during the Security Council meeting on the situation in the Middle East, including the Palestinian question at United Nations Headquarters in New York, New York, USA, 04 June 2025. The resolution demanded an immediate unconditional and permanent ceasefire in Gaza respected by all parties, it further demanded the immediate unconditional release of all hostages, as well as the lifting of all restrictions on the entry of humanitarian aid into Gaza. The resolution received 14 votes in favour and one vote against (United States). The resolution was not adopted due to the veto by the US a permanent member. (Estados Unidos, Nueva York) EFE/EPA/Eskinder Debebe / UN Photo HANDOUT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

O governo do Irã solicitou nesta sexta-feira (13) uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) após acusar Israel de realizar uma série de ataques a instalações nucleares e a oficiais militares em seu território. A ofensiva eleva drasticamente a tensão no Oriente Médio e coloca a comunidade internacional em alerta para uma possível escalada do conflito. Em uma carta formal enviada à ONU, a missão permanente iraniana classificou os ataques como uma “declaração de guerra” e uma “violação grave da soberania iraniana”. O documento afirma que os bombardeios atingiram instalações estratégicas, incluindo o complexo nuclear de Natanz, e resultaram na morte de altos oficiais militares e cientistas ligados ao programa nuclear do país. Teerã exige que o Conselho de Segurança tome “medidas imediatas e decisivas” e responsabilize Israel pela “agressão”.

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Segundo o Irã, os ataques teriam contado com o apoio dos EUA, embora autoridades americanas, como o secretário de Estado Marco Rubio, neguem envolvimento direto. A Casa Branca e o Departamento de Estado estão monitorando a situação de perto. Para o especialista em Relações Internacionais e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin, uma retaliação por parte do Irã é praticamente inevitável para que o regime mantenha sua credibilidade interna e externa. “O Aiatolá jurou uma resposta. O que Israel fez é um golpe severo, liquidando líderes da Guarda Revolucionária e atacando o programa nuclear”, analisou Brustolin.

A capacidade de resposta do Irã é uma incógnita. Ataques anteriores com drones iranianos foram majoritariamente interceptados por Israel antes de atingir seus alvos. Segundo o especialista, a questão agora é avaliar o real dano e a capacidade militar iraniana, incluindo seu arsenal de mísseis. A crise já se configura como uma guerra regional, com o risco de se fundir com outros conflitos globais, como o da Ucrânia, e evoluir para um confronto de proporções mundiais. A Rússia, aliada histórica do Irã, já se posicionou, criticando a ofensiva israelense. “A Rússia tem interesse em que o Irã se fortaleça e seja uma ponta de lança no Oriente Médio”, explicou Brustolin, destacando também o interesse da China na estabilidade da região. Apesar da pressão internacional sobre Israel, nenhum país, incluindo as potências europeias e vizinhos como Arábia Saudita e Turquia, tem interesse que o Irã desenvolva armas atômicas. O programa nuclear iraniano, que enriquece urânio a 90% – nível necessário para a produção de bombas –, é o principal foco da preocupação global e o estopim da atual crise.

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Com informações de Eliseu Caetano.

Reportagem elaborada com a ajuda de inteligência artificial.

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Fonte por: Jovem Pan

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