Irão adverte que as sanções da ONU dificultariam o impasse nuclear

O vice-ministro iraniano afirmou que a retomada de sanções agravaria a situação, antecipadamente à sua reunião com representantes europeus.

22/07/2025 19h15

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(Imagem de reprodução da internet).

O subministro de Relações Exteriores do Irã, Kazem Gharibabadi, declarou que a reinstalação de sanções internacionais sobre o país complicaria ainda mais a situação em relação ao programa nuclear iraniano. A afirmação foi feita nesta terça-feira (22 de julho de 2025), dias antes de uma reunião agendada para sexta-feira (25 de julho), em Istambul, com representantes de três países europeus.

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Reino Unido, França e Alemanha, denominados E3, definiram o final de agosto como prazo para avanços nas negociações sobre o programa nuclear iraniano. De acordo com informações da Reuters, em caso de falta de progresso, os europeus ameaçam ativar o mecanismo de “snapback”, processo que retomaria as sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) contra Teerã, suspensas pelo acordo nuclear de 2015.

O mecanismo seria acionado em razão da ausência de avanços nas negociações. As sanções haviam sido suspensas quando o Irã concordou com restrições ao seu programa nuclear em troca do levantamento das medidas punitivas internacionais.

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O Irã é o foco das preocupações internacionais em relação ao seu programa nuclear. Os países europeus, juntamente com a China e a Rússia, continuam como signatários do acordo de 2015, após a saída dos Estados Unidos em 2018.

Se o mecanismo for ativado após o mês de agosto, as sanções da ONU contra o Irã seriam retomadas, o que poderia intensificar as tensões diplomáticas entre Teerã e as potências ocidentais.

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“Declaramos nossa posição em relação aos comentários do E3 sobre o mecanismo de snapback, que consideramos não ter qualquer fundamento legal”, afirmou Gharibabadi, referindo-se à reunião de sexta-feira (25.jul), em Istambul. “Contudo, nosso esforço será verificar se podemos encontrar soluções comuns para gerenciar a situação”, acrescentou.

O vice-ministro iraniano também questionou: “Há 7 anos que o acordo nuclear não está sendo implementado pelos europeus após a saída dos EUA. Como podem argumentar que o Irã não está seguindo o acordo quando eles mesmos não o fizeram?” Teerã nega buscar armas nucleares e afirma que seu programa nuclear só tem fins civis.

Fonte por: Poder 360

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