Irmãos Menendez enfrentam audiência que pode resultar em sua liberdade nos Estados Unidos

A defesa busca revisão da pena de Lyle e Erik, condenados pelo homicídio dos pais há décadas.

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(Imagem de reprodução da internet).

Os irmãos Lyle e Erik Menendez comparecem a um tribunal de Los Angeles na terça-feira (13) buscando diminuir a pena de prisão perpétua que estão cumprindo pelos assassinatos de seus pais em Beverly Hills, ocorrido há 35 anos.

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A defesa busca uma sentença atenuada para os irmãos, com 57 e 54 anos, que possibilitaria sua soltura imediata ou a análise para liberdade condicional.

A decisão poderá depender de novas provas apresentadas pela defesa para corroborar a alegação dos irmãos sobre terem sido vítimas de abuso sexual pelo próprio pai, um empresário fonográfico e executivo da indústria do entretenimento.

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Não se confirmava se os réus estariam presentes fisicamente no julgamento ou assistiriam por vídeo, como ocorreu nas audiências anteriores da prisão de San Diego.

O ex-promotor do condado de Los Angeles, George Gascão, solicitou uma nova sentença no ano anterior, com base em novas evidências de abuso sexual e nos registros da prisão dos irmãos.

Gascão argumentou que os irmãos haviam quitado sua dívida com a sociedade e, seriam elegíveis para liberdade condicional, considerando que tinham menos de 26 anos no momento do delito.

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O promotor Nathan Hochman, que sucedeu Gascão, se opôs à nova sentença assim que tomou posse, alegando que os irmãos não haviam reconhecido e aceitado integralmente a responsabilidade pelos assassinatos.

Os irmãos foram considerados culpados de homicídio em primeiro grau e condenados a duas penas de prisão perpétua sem possibilidade de progressão, após atirar e matar seus pais, José e Kitty Menendez, em 20 de agosto de 1989, enquanto o casal assistia televisão na sala de sua residência.

A condenação coroou o segundo de dois julgamentos amplamente divulgados – o primeiro terminou com um júri indeciso – concentrando a atenção nos aspectos mais sombrios da riqueza e do privilégio.

Antes de serem detidos, os irmãos afirmaram ter regressado do cinema para encontrar seus pais, que faleceram após um assalto.

Na sentença, reconheceram ter cometido os assassinatos, porém alegaram que agiram por receio de que seus pais estivessem à beira de matá-los, após anos de abuso sexual pelo pai e agressão emocional pela mãe. Lyle tinha 21 anos e Erik 18.

Os promotores sustentam que os assassinatos foram premeditados e conduzidos por um desejo de herdar uma fortuna considerável deixada pelos pais pelos irmãos.

A audiência de nova sentença, com duração prevista para dois dias, poderá gerar novas evidências da defesa, como uma carta que Erik Menendez teria escrito a um primo oito meses antes dos assassinatos, na qual detalhava relatos de abuso sexual por parte de seu pai.

A defesa também aponta alegações de um membro da banda pop dos anos 1980 Menudo que afirmou ter sido abusado por José Menendez. As alegações foram destacadas em uma série de documentários do Peacock sobre o caso, que também ganhou interesse público renovado com um drama da Netflix e um documentário no ano passado.

Alguns membros da família Menendez apoiaram a libertação dos irmãos, incluindo as irmãs de José e Kitty Menendez. Uma exceção notável foi Milton Anderson, o irmão de Kitty Menendez, que faleceu recentemente. Anderson havia repetidamente se oposto à libertação de seus sobrinhos e contestado as alegações de abuso.

O governador Gavin Newsom, com autoridade para modificar as decisões judiciais, solicitou ao conselho de liberdade condicional uma avaliação sobre se os irmãos Menendez representariam uma ameaça à segurança pública, caso fossem libertados.

Fonte: CNN Brasil

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