Israel acusa a Europa de “incitação antissemita” em resposta a um ataque ocorrido em Washington
O ministro declarou existir uma “linha direta” entre o assassinato de funcionários israelenses e o “incitamento anti-Israel”.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, acusou nesta quinta-feira (22) autoridades europeias não identificadas de “incitação antissemita tóxica”, responsabilizando-as por um clima hostil, após que dois funcionários da embaixada israelense em Washington foram mortos em um ataque a tiros.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A Israel tem sido alvo de diversas críticas da Europa nos últimos dias, devido à intensificação da campanha militar em Gaza, onde organizações humanitárias alertaram que um bloqueio israelense de 11 semanas aos recursos de assistência humanitária colocou o território palestino à beira da fome.
Saar não mencionou países ou autoridades, mas afirmou que o clima de hostilidade em relação a Israel estava por trás do ataque contra os funcionários da embaixada Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim, ocorrendo do lado de fora de um museu judaico em Washington na noite de quarta-feira (21).
LEIA TAMBÉM:
● Israel matou mais de 80 pessoas em Gaza após ataques, informou o governo
● Lula recebe o presidente do Paraguai em cenário de crise de espionagem
● Lula se reúne com Cristina Kirchner; ex-presidente permanece em regime fechado
Saar declarou, em coletiva de imprensa em Jerusalém, que o ataque se originou do “incitamento antissemita tóxico contra Israel e judeus em todo o mundo” decorrente do ataque transfronteiriço perpetrado pelo Hamas a Israel em outubro de 2023.
Ele afirmou que existe uma ligação direta entre o discurso antissemita e anti-Israel e o assassinato. Acrescentou que esse tipo de incitação é promovido por líderes e autoridades de diversos países e organizações, principalmente da Europa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Saar se recusou a indicar qual líder ou quais autoridades ele pretendia.
Suas declarações ocorreram após as palavras cada vez mais duras dos aliados ocidentais de Israel, incluindo França e Reino Unido, que se juntaram ao Canadá nesta semana para alertar sobre uma possível “ação concreta” contra Israel devido à sua guerra em Gaza.
As autoridades americanas informaram que um indivíduo que proferiu frases de apoio à causa palestina encontrava-se sob detenção.
O presidente Donald Trump e diversos líderes europeus e outros líderes estrangeiros manifestaram sua condenação ao ataque.
O presidente Saar afirmou que a “atmosfera global” em relação a Israel se deteriorou significativamente desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns em Gaza.
Fonte: CNN Brasil