Israel alega que não existe “desnutrição generalizada” em Gaza
O Ministério da Saúde do território, sob governo do Hamas, aponta que até o momento 227 indivíduos faleceram por falta de alimentos devido ao conflito, …

Israel garantiu, na terça-feira (12), que “não há sinais de um fenômeno de desnutrição generalizada” na Faixa de Gaza, onde a ONU vem alertando há semanas sobre o risco de fome extrema. O Cogat, o órgão do Ministério da Defesa israelense que supervisiona os assuntos civis nos territórios palestinos, indicou ter realizado um “exame exaustivo” dos dados e números do Hamas sobre as mortes por desnutrição no território palestino. O Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo grupo terrorista, estima que até o momento 227 pessoas morreram de fome, das quais 103 eram crianças. Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde afirma que 148 pessoas morreram de desnutrição desde janeiro de 2025 e o Programa Mundial de Alimentos indicou em agosto que a fome e a desnutrição em Gaza atingiram seu maior nível desde o início da guerra.
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O Cogat aponta uma diferença significativa entre os números do Hamas e os casos documentados, com detalhes completos de identificação nos meios de comunicação e nas redes sociais, o que gera dúvidas sobre sua credibilidade. A análise caso a caso das mortes publicadas mostra que a maioria sofria de condições médicas preexistentes que provocaram a deterioração de seu estado de saúde, sem relação com seu estado nutricional, afirmou o órgão israelense. Não há “nenhum sinal de um fenômeno de desnutrição generalizada” entre os habitantes de Gaza, concluiu, denunciando a “exploração cínica de imagens trágicas” por parte do Hamas.
O governo do Hamas divulgou em comunicado, na terça-feira, uma extensa “refutação das mentiras” do Cogat, considerando-as uma “tentativa desesperada e infrutífera de esconder um crime documentado em nível internacional: a fome extrema sistemática da população de Gaza”. Jornalistas da AFP registram diariamente cenas caóticas e letais nos pontos de distribuição de ajuda, onde milhares de palestinos desesperados se aglomeram para receber uma pequena quantidade de comida. Jean-Guy Vateaux, chefe de missão da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) que recentemente esteve em Gaza, afirmou que “a desnutrição é real, está aumentando rapidamente e está afetando toda a população”.
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Com informações da AFP, publicado por Fernando Dias.
Fonte por: Jovem Pan
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