Israel autoriza plano de “controle total” sobre Gaza, em cenário de fome e críticas da ONU; Hamas denuncia “crime de guerra”

O representante máximo da ONU declarou que o plano deve ser suspenso urgentemente.

08/08/2025 8h49

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(Imagem de reprodução da internet).

Israel aprovou, na madrugada desta sexta-feira (8), o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de “assumir o controle” da Cidade de Gaza, sob o pretexto de “derrotar o Hamas”. O grupo islâmico, por sua vez, classificou a decisão do governo israelense como “crime de guerra” e acusou Netanyahu de “abandonar os reféns” em troca de “interesses pessoais e agenda ideológica extremista”.

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Na quinta-feira, Netanyahu declarou à rede Fox News que Israel almeja controlar totalmente a Faixa de Gaza, sem governá-la ou mantê-la, transferindo a administração a forças árabes que não representem ameaça ao país.

O plano aprovado pelo comitê de segurança contempla cinco pilares: o fim do armamento do Hamas; o retorno de todos os reféns, sejam eles vivos ou falecidos; a desmilitarização de Gaza; o controle israelense da segurança no território; e a formação de um governo civil alternativo, sem a participação do Hamas ou da Autoridade Palestina.

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O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, criticou a estratégia israelense e declarou, em comunicado, que o plano “deveria ser interrompido imediatamente”.

A decisão do comitê de segurança de prosseguir com o controle militar é criticada pelo Fórum das Famílias, a principal organização de parentes dos prisioneiros israelenses, que acusa o governo de abandonar as pessoas que estão sob o poder do Hamas e ignorar alertas militares e a opinião pública. De acordo com Israel, 49 dos 251 reféns capturados em 2023 permanecem em Gaza e 27 estão mortos.

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O genocídio israelense em Gaza já causou mais de 61 mil mortes, na maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde do Hamas, reconhecidos pela ONU. Segundo a Organização das Nações Unidas, 86,3% do território está militarizado e sob ordens de evacuação.

Atualmente, Israel exerce controle ou influência sobre aproximadamente 75% da Faixa de Gaza, com postos estabelecidos na fronteira e operações de bombardeio desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas que resultou em 1.219 vítimas em Israel.

Fonte por: Brasil de Fato

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