Israel continua a intensificar sua ofensiva em Gaza, mesmo com o aumento da pressão internacional por um fim imediato dos combates
Apesar de uma onda de críticas internacionais, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu avisou nesta semana que seu exército operaria em Gaza “com força total” para “erradicar o Hamas”.

O Exército israelense anunciou neste sábado (17) uma nova operação com “extensos bombardeios” para derrotar o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza, em meio ao aumento dos apelos internacionais por um cessar-fogo.
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Em meio a críticas globais, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou que seu governo lançaria o exército em Gaza “com força total” para “destruir o Hamas”, grupo responsável pelo ataque de 7 de outubro de 2023 ao sul de Israel que iniciou o conflito.
O Exército israelense anunciou, neste sábado, que iniciou “intensos ataques” com o objetivo de “assumir o controle de áreas da Faixa de Gaza”, parte de um plano para “capturar” o território palestino, o que implica no deslocamento interno da “principal parte” de seus 2,4 milhões de habitantes.
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Mais de 300 palestinos morreram em ataques israelenses, conforme informou a Defesa Civil de Gaza, a partir de quarta-feira. Após quase dois meses de cessar-fogo, o exército israelense retomou operações em Gaza no início de março. Desde então, autoridades israelenses também bloquearam o acesso de ajuda humanitária ao território.
Organizações humanitárias alertaram que o bloqueio causou uma grave escassez de todos os tipos. Diante dessa situação, o Hamas solicitou à Washington que pressione Israel.
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O líder do Hamas, Taher al-Nunu, afirmou neste sábado que o movimento iniciou uma nova fase de negociações indiretas “sem condições prévias” no Catar, buscando uma solução para a guerra.
A pressão sobre Israel deve ser intensificada.
A pressão para que Israel cessasse as ações continuou no sábado, durante uma cúpula da Liga Árabe em Bagdá. Na capital iraquiana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitou um “cessar-fogo permanente” agora. O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez defendeu “redobrar a pressão sobre Israel para interromper o massacre em Gaza”.
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi solicitou a Trump que exerça pressão por um cessar-fogo. Berlim alertou que a mais recente operação de Israel “poderia colocar em risco a vida dos reféns restantes, incluindo os reféns alemães”, ressaltou seu Ministério das Relações Exteriores.
Os chefes árabes, em seu comunicado final, solicitaram recursos financeiros para a reconstrução de Gaza e uma maior pressão internacional para “cessar o derramamento de sangue” no território.
Os Estados Unidos estão atentos à situação em Gaza. “Estamos de olho em Gaza. E cuidaremos disso. Há muitas pessoas morrendo de fome”, declarou, ao finalizar uma visita aos países do Golfo.
O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, um importante apoiador do Hamas, recusou essa promessa neste sábado, afirmando que os Estados Unidos estão apenas utilizando “seu poder para apoiar o massacre em Gaza”.
A Itália se juntou aos apelos da comunidade internacional e, por meio de seu ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, declarou “chega de ataques” em Gaza.
Fonte: Carta Capital