Israel divulgou hoje (13) o maior número de baixas em combate em mais de um mês, depois de um ataque surpresa na Faixa de Gaza. Além disso, o país está ficando cada vez mais isolado diplomaticamente à medida que o número de mortes de civis aumenta e a situação humanitária se agrava na região palestina.
Combates intensos ocorriam a todo vapor no norte e no sul de Gaza, um dia após a Organização das Nações Unidas (ONU) exigirem um cessar-fogo humanitário imediato.
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o bombardeio “indiscriminado” de Israel contra civis está custando apoio internacional.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mencionou que os soldados vão continuar combatendo, mesmo com a pressão internacional por um fim dos combates.
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“Vamos continuar até o final e alcançar a vitória, até que o Hamas seja derrotado. Mesmo sofrendo, e apesar das pressões internacionais, nada vai nos deter”, disse ele aos soldados em Gaza pelo rádio.
Israel reportou que 10 de seus soldados morreram nas últimas 24 horas, incluindo um coronel que comandava uma base avançada e um tenente-coronel no comando de um regimento. Foi a pior perda em um só dia desde que 15 soldados foram mortos em 31 de outubro.
A maioria das mortes aconteceu em Shejaia, em Gaza, quando soldados foram surpreendidos enquanto tentavam resgatar outro grupo que havia atacado membros do Hamas em um prédio. Essas informações foram divulgadas pelo Exército.
Um militar israelense disse que Israel sofreu um grande prejuízo no incidente
O Hamas afirmou que o incidente mostrou que as forças israelenses não podem dominar Gaza. Eles disseram que quanto mais tempo Israel ficar lá, mais vidas e recursos irá perder, e sairá do local sentindo decepção e derrota.
Em um discurso televisionado, o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou que qualquer acordo futuro em Gaza sem o Hamas era uma “ilusão”.
Israel recebeu apoio internacional quando lançou uma campanha para combater o Hamas. Os membros do Hamas cruzaram a fronteira em 7 de outubro e causaram a morte de 1.200 israelenses, na maioria civis, além de fazer 240 reféns.
Mas Israel tem cercado o território e causado grandes danos à região. O Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 18.608 pessoas foram mortas e 50.594 ficaram feridas nos ataques de Israel em Gaza.
Aviões de guerra atacaram de novo Gaza e autoridades humanitárias alertam que as condições são ainda piores agora com a chegada das chuvas de inverno. Centenas de milhares de pessoas estão dormindo em tendas improvisadas.
A grande maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza ficou sem abrigo.
Em Rafah, uma cidade no sul de Gaza, uma família foi morta durante um ataque aéreo durante a noite. Os corpos deles estavam cobertos por sudários brancos ensanguentados e ficaram expostos à chuva, incluindo várias crianças pequenas.
Um deles era pequeno como um bebê recém-nascido e estava protegido por um cobertor rosa.
