Jader Filho manifesta oposição à extensão do prazo para universalizar o saneamento
O ministro das Cidades declara que o projeto evidencia a falta de contato de certas pessoas com a realidade do Brasil.

O ministro das Cidades, Jader Filho, declarou ser contrário ao PL que está sendo discutido na Câmara dos Deputados, propondo a extensão do prazo para a universalização do saneamento básico no país, de 2033 para 2040.
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Acredito que quem discute essa possibilidade não tem noção do que é viver sem água, sem saneamento básico. Sou totalmente contrária. Estamos em 2025, ainda temos oito anos de desafios pela frente e puxar para 2033, que vai para 2040, é um tema que não consigo nem debater, demonstra uma insensibilidade social. Isso revela a desconexão da realidade do Brasil.
A proposta de prorrogação é de autoria do deputado Amom Mandel (Cidadania-AM). O texto prevê que, em 2040, o prazo possa ser estendido por até cinco anos “caso haja comprovação de dificuldades técnicas, financeiras ou logísticas extraordinárias”.
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“Essa questão precisa ser uma questão não só do governo federal, tem de ser uma questão de todo mundo. Tem de ser prioritária para o Brasil”, afirmou Jader.
Um estudo do Instituto Trata Brasil, utilizando dados do Snis (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), revelou que 100 milhões de brasileiros não possuem acesso ao serviço de coleta de esgotos e 35 milhões não são abastecidos por água tratada. De acordo com o Trata Brasil, cada real investido em saneamento gera uma economia de R$ 4 na área de saúde.
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O Portal Saneamento Básico aponta uma variedade de doenças relacionadas à falta de tratamento de água e esgoto, incluindo febre amarela, hepatite, leptospirose e febre tifoide, além de infecções na pele e nos olhos.
Fonte por: Poder 360