Janja Lula causa polêmica na China, irritando o ministro e intensificando o receio de Lula sobre possíveis vazamentos

Rui Costa é apontado como o responsável por facilitar a divulgação de declarações de Janja sobre o TikTok à imprensa.

14/05/2025 20h37

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A repercussão sobre uma suposta fala da primeira-dama, Janja da Silva, em encontro com o presidente Lula (PT) e o presidente da China, Xi Jinping, traz à tona declarações do ministro Rui Costa.

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O chefe da Casa Civil é apontado como o mais provável responsável pelo vazamento da conversa, considerada “muito confidencial e pessoal” por Lula. Aliados de Costa veem uma tentativa de rotulá-lo como bode expiatório de um incômodo mais amplo, com a atuação de Janja.

É notório que o ministro vivencia episódios de conflito com a primeira-dama – particularmente quando suas opiniões se sobrepõem às decisões do governo. Janja, por exemplo, designou a petista Márcia Lopes para o Ministério das Mulheres, indo contra a preferência de Rui por outro nome.

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No início do governo, houve a decisão de Costa de impedir a compra de móveis selecionados por Janja para o Palácio da Alvorada, medida que prevaleceu. Também foi atribuída ao ministro a negativa a um cargo oficial para a primeira-dama. Janja, por sua vez, amealhou uma sala no Palácio do Planalto e mantém um robusto gabinete informal, com pelo menos 12 pessoas, segundo um levantamento recente do Estadão.

Analise o caso.

A viagem de quase 25 horas entre China e Brasil será focada em tentar solucionar a crise. Colunistas do G1, Andréia Sadi e Valdo Cruz, divulgaram que Janja interveio durante o jantar com Xi Jinping, solicitando a palavra para abordar o TikTok, ressaltando que a plataforma “favorece a extrema-direita” no Brasil, conforme relato do portal.

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A intervenção brasileira teria sido vista como desrespeitosa pelo presidente chinês, e até mesmo a primeira-dama da China, Peng Liyuan, se sentiu incomodada com a situação.

Lula comentou o episódio e criticou, sem citar nomes, os responsáveis pelo vazamento. “A primeira coisa que eu acho estranha é: como é que essa pergunta chegou à imprensa?”, questionou. “Alguém teve a audácia de ligar e contar uma conversa que teve no jantar. Uma coisa muito, mas muito confidencial. E muito pessoal.”

O presidente também afirmou que foi ele, e não Janja, quem fez a pergunta sobre o TikTok. “Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar alguém de confiança para discutirmos a questão digital, sobretudo o TikTok. E aí, a Janja pediu a palavra para explicar o que está acontecendo no Brasil, especialmente contra mulheres e crianças”, disse.

A CNN Brasil, Janja afirmou ser alvo de machismo e misoginia por parte de quem presenciou e distorceu o relato da reunião. “Vejo machismo e misoginia da parte de quem presenciou a reunião e repassou, de maneira distorcida, o que aconteceu. E vejo a amplificação da misoginia por parte da imprensa, o que me entristece ainda mais por envolver o engajamento de mulheres”, declarou.

Lula se isola.

Diante das denúncias, Lula tem limitado seu círculo de confiança no Palácio. Reuniões com diversos aliados, frequentes nos primeiros governos, diminuíram significativamente.

O presidente discute temas estratégicos com ministros como Fernando Haddad (Agricultura), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Secom) e Rui Costa, além do senador Jaques Wagner (PT-BA).

Desde o início do governo, o presidente teme vazamentos e frequentemente repreende assessores, sobretudo em relação a informações sobre o desempenho do governo em pesquisas de aprovação.

Fonte: Carta Capital

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