Jim Acosta entrevista IA de estudante morto em escola da Flórida

Entrevista com Joaquin Oliver revive discussão sobre ética e aplicação da inteligência artificial.

05/08/2025 4h01

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Uma entrevista com uma versão artificial de Joaquin Oliver – uma das 17 vítimas do ataque à escola Marjory Stoneman Douglas, na Flórida, em 2018 – gerou polêmica nos Estados Unidos. A conversa ocorreu na segunda-feira (4.ago.2025), data do aniversário de 25 anos de Oliver.

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O entrevistado foi Joaquin, recriado a partir de uma fotografia, com expressões faciais e voz geradas por inteligência artificial. Jim Acosta, ex-correspondente-chefe da Casa Branca da CNN e atual jornalista independente, conduziu a entrevista.

Acosta questiona o entrevistado sobre o ocorrido, que responde: “Fui retirado deste mundo precocemente em razão da violência armada na escola. É importante abordar essas questões para que possamos construir um futuro mais seguro para todos.” A narrativa apresenta entonação mecânica, e os gestos faciais são pouco espontâneos.

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Manuel Oliver, pai de Joaquin, foi o responsável por convidar Acosta para o projeto. Ele declarou que compreende que se trata de uma versão artificial do filho, e que isso não o traz de volta, mas descreveu a experiência como uma bênção. “Senti que estava falando com Joaquin. Foi algo lindo”, afirmou.

A iniciativa, contudo, gerou opiniões diversas. Certas pessoas acharam o vídeo impactante e instigante, ao mesmo tempo em que outros manifestaram críticas à decisão de ressuscitar alguém falecido por meio de inteligência artificial, levantando preocupações éticas, o emprego inadequado da imagem e o perigo de banalização.

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Em 2023, Joaquin e mais 5 indivíduos já tiveram suas vozes utilizadas em uma campanha denominada “The Shotline”, que promoveu ligações automáticas a congressistas americanos, solicitando mudanças nas leis de armas dos Estados Unidos.

O ataque à escola ocorreu em 14 de fevereiro de 2018 e resultou em 17 vítimas fatais. Nikolas Cruz, ex-aluno da instituição, foi detido, admitiu sua culpa em 2021 e, em 2022, recebeu a sentença de 34 anos de prisão perpétua sem a possibilidade de progressão de regime.

Fonte por: Poder 360

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