João Côrtes discorre sobre a relevância de personagens LGBTQIA+ serem desenvolvidos de forma cuidadosa na televisão
Ator que participou da série “Vai Que Cola” (2014) e da novela “Sol Nascente” (2016) comentou sobre o tema em entrevista à CNN.

O ator João Cortés, 30 anos, comentou sobre a relevância de um personagem LGBT ser bem desenvolvido na televisão. Ele afirmou que a complexidade das atuações contribui para aumentar a visibilidade, além de promover a representatividade para a comunidade.
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Em entrevista à CNN, o ator tratou do assunto, além de relatar que já recusou um papel por considerar que reforçava o estereótipo da população LGBT.
É fundamental porque representa mais do que visibilidade — é sobre dignidade, empatia e possibilidade. Quando esses personagens são retratados com profundidade, eles se tornam espelhos para quem faz parte da comunidade e faróis para quem está de fora, ajudando a quebrar preconceitos e a criar identificação.
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João Cortês, que também já atuou na série “Vai Que Cola” (2014) e na novela “Sol Nascente” (2016), concluiu: “É a arte dizendo que todas as formas de amar, existir e viver merecem espaço e respeito”.
Ele declarou que “ainda há muito a caminhar em relação à representatividade LGBTQIAPN+ nas artes, tanto na televisão quanto no teatro”.
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Desejo, tanto como ator quanto como homem gay, que personagens LGBTQIPN+ sejam apresentados com veracidade, profundidade e humanidade. Entende? Que não sejam reduzidos apenas à sua orientação sexual, mas que ela seja apenas um aspecto entre muitos outros. Quero ver personagens queer protagonizando romances, aventuras, dilemas existenciais – vivenciando narrativas belas, desafiadoras, divertidas, mas sempre com dignidade.
O ator protagoniza a peça “Eddy – Violência e Metamorfose”, cuja estreia está prevista para 19 de junho, no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro. A encenação é baseada em três livros do aclamado escritor francês Édouard Louis – “O Fim de Eddy”, “História de Violência” e “Mudar: método”, obras que tratam com coragem e sensibilidade de questões como identidade LGBTQIAPN+, violência, sexualidade e transformação pessoal.
João Cortês interpreta o próprio autor, em uma imersão profunda e intensa na trajetória de um jovem homossexual criado em uma vila operária no interior da França. A preparação para o personagem envolveu, além de um intenso processo de construção emocional, uma transformação visual: ele surge em cena com cabelos loiros platinados, deixando temporariamente de lado os fios ruivos que caracterizaram sua carreira.
A encenação busca traduzir para o palco a força da obra de Louis, um dos autores mais relevantes da literatura contemporânea, e convida o público a refletir sobre os caminhos de construção da identidade em meio a estruturas sociais violentas e excludentes. A peça, idealizada pela Companhia Polifônica, tem direção e dramaturgia de Luiz Felipe Reis e Marcelo Grabowsky e realiza temporada até o dia 13 de julho, com sessões de quinta a domingo, sempre às 20h30.
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Fonte por: CNN Brasil