Jogador vítima de racismo descreve experiência como cruel, dolorosa e revoltante

Allano, jogador do Operário-PR, comentou sobre o racismo que vivenciou na partida contra o América-MG.

06/05/2025 9h26

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O jogador Allano se manifestou, pela primeira vez, sobre o ocorrido de racismo na partida entre Operário-PR e América-MG, no último domingo (4).

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O jogador de Ponta Grossa relata que, aos 30 minutos do primeiro tempo, recebeu o apelido de “preto do c*”, proferido por Miguelito, atacante boliviano do time mineiro.

Allano divulgou em sua conta oficial do Instagram uma mensagem expressando sua dor e indignação em relação ao ocorrido.

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Venho, por meio desta nota, manifestar-me sobre o lamentável episódio de injúria racial que sofri durante a partida entre Operário e América Mineiro, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Infelizmente, mais uma vez, o racismo demonstrou sua face cruel em um espaço que deveria ser de celebração, respeito e igualdade. Ser ofendido pela cor da minha pele é algo doloroso, revoltante e, acima de tudo, inaceitável. Não vou me calar. Não por mim apenas, mas por todos os que já passaram por isso e por aqueles que ainda lutam para que esse tipo de violência acabe de vez. O futebol, como a sociedade, precisa dizer basta ao racismo. Precisamos de justiça, responsabilidade e, sobretudo, empatia. Agradeço ao Operário pelo apoio, aos meus companheiros de equipe, à minha família e a todos que têm se solidarizado comigo neste momento. A luta contra o racismo é de todos nós, e ela não vai parar enquanto houver injustiça.

Jogador americano do América-MG é liberado após ser acusado de racismo.

O atleta boliviano do América-MG, Miguel Terceros, foi preso em flagrante após a partida entre Operário e América-MG, em Ponta Grossa, no Paraná. Trata-se do primeiro caso de prisão sob acusação de racismo registrado em 2025. O clube nega as acusações.

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O Fantasma derrotou o Coelho por 1 a 0 no estádio Germano Kruger, na Série B.

Segundo o último relatório do Observatório da Discriminação Racial no Futebol 2023, as acusações são, em sua maioria, de torcedores agredindo jogadores. De 162 ocorrências, 128 iniciaram com torcedores, enquanto 12 atletas foram acusados de ofensas racistas. Contudo, os acusados costumam responder aos processos em liberdade sem antes ter passado, por exemplo, por prisões em flagrante, sejam temporárias ou preventivas.

O Tribunal de Justiça do Paraná determinou a liberdade provisória de Miguelito na segunda-feira (5).

Miguel Angel Terceiros Acuna não passou por audiência de custódia e responderá em liberdade pelo caso. A decisão indica que não há “evidências concretas de que a ordem pública possa ser abalada com a liberdade do detido, nem de que este possa vir a se furtar da aplicação da lei penal”.

Fonte: CNN Brasil

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