Jorge Jesus e o Legado Rubro-Negro: Reflexões Sobre o Presente
Jorge Jesus deixou uma marca indelével no Flamengo, especialmente em 2019. Sua gestão foi marcada por conquistas significativas e um estilo de jogo que cativou a torcida. A figura do “Mister” continua sendo frequentemente procurada pela imprensa para análises sobre o clube, devido ao seu carisma, habilidade de comunicação e autoridade quando se trata do Rubro-Negro.
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Recentemente, após uma vitória do Al-Nassr na Arábia Saudita, Jorge Jesus foi questionado sobre o Flamengo atual, liderado por Filipe Luís. Ele expressou seu orgulho pelo clube, afirmando acompanhar de perto todos os jogos e enviando felicitações à Nação, reconhecendo o talento do time: “Continuam sendo os melhores”.
No entanto, quando perguntado se o time de 2025 – que alcançou títulos importantes como o Carioca, Supercopa, Brasileirão e Libertadores – superou o de 2019, respondeu de forma concisa: “Não”.
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É natural que o treinador tenha orgulho do legado que construiu, e ninguém discute a grandeza daquele time. Contudo, a repetição de comparações diretas tem gerado um certo desgaste. A questão central, na minha visão, não reside na busca da imprensa por suas opiniões – é uma prática comum no jornalismo –, mas sim na resposta que ele oferece.
Como ex-treinador com profundo conhecimento da camisa rubro-negra, da pressão da torcida e das dificuldades da profissão, especialmente em momentos de instabilidade, ele poderia ter sido mais cauteloso.
Filipe Luís, que foi um dos principais jogadores sob o comando de Jesus em 2019, liderou uma temporada vitoriosa, conquistando quatro títulos importantes. Nesse momento, o Flamengo estava em negociações para renovar o contrato com o atleta, que foi formalizado até 2027.
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A declaração de Jesus, nesse contexto, projeta uma sombra desnecessária sobre o trabalho do atual treinador.
É compreensível que um indivíduo sinta orgulho do seu trabalho, e ele tem todo o direito a isso. No entanto, a verdadeira grandeza também reside na capacidade de reconhecer o momento certo para se afastar, permitindo que o presente brilhe sem a interferência constante do passado.
Para aquele que declara “amar imensamente” o Flamengo, essas intervenções, mesmo que involuntárias, acabam sendo inoportunas.
Jorge Jesus demonstra, com clareza, o quanto ele sabe do peso das comparações em um clube gigante como o Flamengo. A gestão do presente deve ser priorizada, buscando um equilíbrio entre o respeito ao legado e a construção de um futuro vitorioso.
