Jornalista lança livro após três anos das mortes de Bruno e Dom

“Como Salvar a Amazônia” foi publicado na semana passada e aborda os desafios enfrentados pelas comunidades e pelo meio ambiente na região.

05/06/2025 7h15

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(Imagem de reprodução da internet).

Em 5 de junho de 2022, o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados na região indígena do Vale do Javari, no Amazonas.

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Antes de desaparecer durante uma pesquisa na Amazônia, Phillips estava trabalhando em um livro sobre os desafios enfrentados pelas comunidades locais e o meio ambiente.

O livro, por meio da iniciativa de amigos do jornalista, foi concluído e lançado cerca de três anos após o desaparecimento de Dom Phillips.

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“Como Salvar a Amazônia” discute as dinâmicas das políticas na região amazônica, incluindo a expansão do agronegócio no bioma, além dos desafios na preservação do meio ambiente, dos direitos indígenas e da proteção das comunidades ribeirinhas.

O livro combina o relato pessoal de viagem de Dom com uma reportagem investigativa, ao mesmo tempo que se apresenta como um argumento a favor da proteção da Amazônia e do meio ambiente. Qual a solução para salvar a Amazônia? Segundo Dom Phillips, a resposta reside na floresta.

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O livro inclui fotografias da infância e trajetória de Dom, além de uma imagem recente ao lado de Alessandra Sampaio e registros dele conduzindo pesquisas em comunidades indígenas do país.

“Como Salvar a Amazônia” foi produzido com a colaboração de Andrew Fishman, Beto Marubo (liderança indígena da comunidade Marubo e integrante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), David Davies, Eliane Brum, Helena Palmquist, Jon Lee Anderson, Jonathan Watts, Rebecca Carter, Stuart Grudgings, Tom Henningan e Tom Phillips, correspondente do The Guardian no Brasil.

O livro foi lançado na última semana, em 27 de maio, e já está disponível online e nas livrarias do país.

Após dias de buscas, os corpos foram encontrados em 15 de junho e posteriormente identificados nos dias 17 e 18. A perícia indicou que Bruno e Dom foram mortos com armas de caça em 5 de junho de 2022.

Após as reconstituições e investigações do caso, a Polícia Federal declarou que o traficante Rubens Villar, apelidado de “Colômbia”, foi o responsável pelos homicídios.

Após as mortes do indigenista e do jornalista, foram indiciados Amarildo da Costa de Oliveira, Osney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, em decorrência de denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em junho de 2022. De acordo com a denúncia do MPF, Amarildo e Jefferson confessaram o crime, e depoimentos de testemunhas confirmaram a participação de Osney.

Em outubro de 2023, decidiu-se que Amarildo, Jefferson e Oseney fossem encaminhados a júri popular. A defesa dos acusados interpôs recurso e, após a análise, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) confirmou o julgamento de Amarildo e Jefferson, absolvendo Oseney.

Após a decisão do TRF1, o MPF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para que seja mantido o julgamento de Oseney, em uma ação de outubro de 2024. O processo ainda tramita na justiça para que Oseney seja também levado à júri popular.

Relatório aponta que a Amazônia lidera em mortes de ambientalistas.

Fonte por: CNN Brasil

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