Jornalistas em Gaza relatam situação de fome, segundo a agência de notícias globais

BBC, Reuters, Agência France-Press e Associated Press divulgaram um comunicado conjunto solicitando que Israel autorize a entrada de assistência humanit…

24/07/2025 18h43

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(Imagem de reprodução da internet).

A BBC, a Reuters, a Agence France-Press e a Associated Press alertaram, em comunicado conjunto, que seus jornalistas podem morrer de fome em Gaza caso Israel não autorize a entrada de alimentos suficientes na região.

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A organização expressa grande preocupação com seus jornalistas em Gaza, que se encontram cada vez mais incapazes de se sustentar e de alimentar suas famílias. Por muitos meses, esses jornalistas independentes foram os olhos e ouvidos do mundo na região. Atualmente, eles enfrentam as mesmas condições terríveis.

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As agências destacaram que os jornalistas enfrentam inúmeras dificuldades em áreas de conflito, manifestando-se “profundamente preocupadas” com a ameaça de fome como uma delas.

A declaração solicitou que Israel autorizasse a circulação de jornalistas em Gaza e assegurasse o fornecimento de alimentos adequados à população.

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Compreenda o conflito na Faixa de Gaza

Desde outubro de 2023, Israel tem conduzido ataques intensos na Faixa de Gaza, após o Hamas realizar um ataque terrorista contra o país.

Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, o Ministério da Saúde de Gaza comunicou que pelo menos 58 mil palestinos perderam a vida e mais de 138 mil ficaram feridos. Essa contagem engloba mais de 7.200 mortos desde o término do cessar-fogo em 18 de março deste ano.

O Ministério não diferencia entre civis e combatentes do Hamas em sua contagem, mas relata que mais de metade dos falecidos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes.

A ONU comunicou, em 11 de julho deste ano, que 798 indivíduos perderam a vida após tentar conseguir alimentos desde o final de maio, data em que a GHF (Fundação Humanitária de Gaza), com sede nos EUA, iniciou a distribuição de alimentos. Desses óbitos, 615 foram registrados em torno de áreas da GHF e 183 nas vias de corredores humanitários, sobretudo da ONU.

O Órgão Central de Estatísticas da Palestina anunciou em 10 de julho que a população de Gaza havia diminuído de 2.226.544 em 2023 para 2.129.724. A estimativa indica que aproximadamente 100 mil palestinos deixaram Gaza desde o início do conflito.

Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, de acordo com fontes oficiais israelenses, cerca de 1.650 israelenses e estrangeiros perderam a vida em razão do conflito.

Inclui 1.200 mortos em 7 de outubro e 446 soldados mortos em Gaza ou na fronteira com Israel desde o início da operação terrestre em outubro de 2023. Desses, 37 soldados foram mortos e 197 feridos desde o aumento dos confrontos em março. Estima-se que 50 israelenses e estrangeiros permaneçam reféns em Gaza, incluindo 28 reféns que foram declarados mortos e cujos corpos estão sendo mantidos.

Desde 18 de março deste ano, o Exército de Defesa Israelense divulgou 54 ordens de evacuação, que cobrem aproximadamente 81% da área da Faixa de Gaza.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU declarou que tal situação resultou no deslocamento de mais de 700 mil indivíduos nesse período.

Em 9 de julho, 86% da Faixa de Gaza encontravam-se em áreas militarizadas israelenses ou sob ordens de deslocamento. Diversas pessoas procuravam abrigo em locais de deslocamento superlotados, abrigos improvisados, edifícios e vias danificadas.

Fonte por: CNN Brasil

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