José Dirceu critica Bolsonaro e defende prisão domiciliar, questionando sistema prisional

Ex-presidente do PT, Lula, levanta dúvidas sobre a capacidade de Bolsonaro de suportar rotina prisional, criticando falhas do sistema carcerário brasileiro.

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Defesa de José Dirceu sobre Prisão Domiciliar de Bolsonaro

O ex-ministro da Casa Civil e ex-presidente do PT, José Dirceu, manifestou-se em apoio à prisão domiciliar para Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo Dirceu, assim como o ex-presidente Fernando Collor — que cumpriu prisão domiciliar devido à sua idade e questões de saúde —, Bolsonaro também “não tem condições” de cumprir pena no sistema penitenciário.

O petista enfatizou que o ex-mandatário é “muito instável” e “não é uma pessoa que tem autocontrole” para suportar a rotina de um presídio.

LEIA TAMBÉM!

Dirceu afirmou, em entrevista à BBC News Brasil, publicada na segunda-feira, que “é muito improvável que se possa colocar presos vulneráveis no sistema penitenciário que é controlado pelo crime organizado. As condições são péssimas”.

Ele acrescentou que “ele não tem condições de ir para a prisão. Isso não aconteceria nunca, você não pode colocar um ex-presidente da República no sistema penitenciário”.

Dirceu mencionou sua própria experiência na prisão, durante o processo da Operação Lava Jato, e como isso influenciou sua percepção da personalidade de Bolsonaro. Ele descreveu o ex-presidente como “uma pessoa psicossomática, que vai acelerando, muito instável. Não é uma pessoa que tem autocontrole. Todo mundo sofre na prisão, todo mundo tem depressão, chora, chama a mamãe, reza”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dirceu também comentou sobre a discussão em torno da anistia e da dosimetria das penas dos envolvidos no ataque ao Palácio do Planalto. Ele ressaltou que “nos últimos dez anos, aumentaram as penas para tudo no Brasil”, e que “a direita brasileira sempre aplaudiu isso”.

Ele concluiu, questionando a mudança de postura em relação a crimes específicos, como os cometidos no dia 8 de janeiro.

Sair da versão mobile