Jovem mata família no Rio de Janeiro: fatos relevantes sobre o caso

O delito foi motivado pela discordância dos pais em relação a uma viagem ao Mato Grosso do Sul, decorrente de um relacionamento online.

27/06/2025 14h01

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(Imagem de reprodução da internet).

Na terça-feira passada (24), uma família foi descoberta morta em sua residência, localizada em uma rua calma e comum a cidades do interior. O ocorrido causou comoção no distrito de Comendador Venâncio, em Itaperuna, na região noroeste do Rio de Janeiro.

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As vítimas são Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, enfermeiro; sua esposa, Inaila Teixeira, de 37, cabeleireira; e o filho mais novo do casal, Antônio, de apenas 3 anos. O principal suspeito é o filho mais velho, um adolescente de 14 anos, que confessou o crime em depoimento à polícia.

Nas redes sociais, a família transmitia uma imagem de afeto e união. Em uma publicação em referência ao aniversário do menino, o pai o definiu como um “companheiro” e “amigo”, destacando seu comportamento como aluno exemplar e irmão atencioso. Posteriormente, o mesmo lar que antes era associado a cenas felizes, serviu de cenário para um incidente de violência que impressionou mesmo os investigadores mais experientes.

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Em perícia no imóvel, técnicos identificaram resquícios de sangue com auxílio do luminol, substância utilizada para detectar vestígios invisíveis a olho nu. Evidências sugerem que um produto de limpeza foi empregado para facilitar o transporte dos corpos até uma cisterna no quintal, situada próximo à saída do quarto onde a família residia.

O delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 143ª DP (Itaperuna), relatou a frieza do jovem durante o depoimento. “Ele estava frio, conversou como qualquer pessoa, numa boa, sem pressão, foi espontâneo, quis falar o que tinha acontecido ali. Em casos assim, é comum as pessoas omitirem partes, mas ele foi direto, contou o que fez e afirmou que não se arrepende”, disse.

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O caso foi relatado à delegacia pela avó paterna, que buscou as autoridades para informar o sumiço do filho, da nora e do neto mais novo. O adolescente inicialmente comunicou que os pais partiram com o irmão após ele ter ingerido um objeto cortante. Contudo, após investigações em hospitais e unidades de saúde da região sem constar o ocorrido, a polícia iniciou buscas na residência da família.

Na residência, os investigadores descobriram objetos pertencentes ao adolescente, além de celulares dos pais e uma bolsa, com vestígios de manchas. Ao se aproximarem do reservatório no quintal, notaram um cheiro intenso e, posteriormente, localizaram os corpos das três vítimas. O adolescente foi encaminhado à delegacia e, durante o interrogatório, admitiu o triplo homicídio, ocorrido no sábado (21).

Ele relata que os pais impediram uma viagem para visitar uma adolescente com quem mantinha um vínculo virtual. A jovem, de 15 anos, residente em Mato Grosso do Sul, foi identificada e interrogada na quinta-feira (26) por uma equipe especializada no Departamento de Polícia, encontrando um saldo de R$33 mil. Ele procurou informações na internet sobre como efetuar saques de benefícios em nome de pessoas falecidas.

Os corpos do casal e do filho mais novo foram enterrados ontem (26), em solenidade com grande presença de familiares, amigos e moradores de Itaperuna. O adolescente foi examinado hoje (27) no Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, encaminhado à unidade socioeducativa (CENSE) de São Fidélis, onde permanecerá internado provisoriamente por 45 dias, conforme determinação judicial.

A investigação policial prossegue, analisando, entre outras questões, a influência do relacionamento online, a possível premeditação do crime e o papel de demais envolvidos.

Fonte por: CNN Brasil

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