Juiz determina a liberdade de suspeito acusado de planejar atentado com bomba em apresentação da Lady Gaga

Um homem de Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, encontrava-se detido há uma semana.

10/05/2025 14h29

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(Imagem de reprodução da internet).

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou a revogação da prisão preventiva de Luis Fabiano da Silva, que estava detido sob suspeita de envolvimento em um suposto plano de ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, ocorrido na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

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A decisão responde a um pedido da defesa do réu. Na avaliação do Ministério Público, a liberdade dele se justifica porque, até então, ele não foi apontado, no processo em curso no Rio de Janeiro, como membro do grupo supostamente responsável pelo atentado.

O envolvimento do nome de Luis Fabiano ocorreu devido ao uso do número de IP associado a ele pela pessoa considerada mentora do grupo criminoso. O IP funciona como um endereço de identificação de dispositivos conectados à internet.

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Não está sendo investigado, no momento, pela comarca do Rio de Janeiro/RJ, e seu nome somente veio à tona, em face de o número do IP constar no rol dos utilizados pelo mentor da prática delituosa”, afirmou o juiz Jaime Freitas da Silva na decisão.

O juiz mencionou em sua decisão um relatório técnico sobre as provas digitais, elaborado pelo Núcleo de Inteligência do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que sustentaria a alegação de que o endereço IP da vítima havia sido clonado.

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O juiz também considerou que o homem foi preso em flagrante e, com a conclusão do inquérito policial, foi indiciado por porte irregular de armas de fogo. No entanto, mesmo que a perícia constate que uma das armas possua numeração suprimida, o magistrado entendeu cabível a revogação da prisão, uma vez que Luis Fabiano não possui antecedentes e não está sendo investigado pela comarca do Rio de Janeiro, além de ter direito a acordo de não-persecução penal ou suspensão condicional do processo.

Luis Fabiano, que já está em casa, deverá cumprir medidas cautelares determinadas pela Justiça, sob pena de nova decretação de prisão. Estas medidas incluem comparecimento bimestral na sede da comarca onde reside para justificar atividades, comunicação de qualquer alteração de endereço e número de telefone, e determinação de não se ausentar da comarca onde mora por mais de 15 dias sem comunicar o juízo onde poderá ser localizado.

O advogado Michel França, que representa Luis Fabiano, declarou, em nota, que continua colaborando com as investigações e avaliou o caso como um “mal-entendido”. “Acredito que será oferecido um acordo de não-perseguição para evitar processo”, afirmou.

Relembre o caso

A operação “Fake Monster”, realizada pela Polícia Civil em colaboração com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, desarticulou o plano de ataque com bomba durante o show da cantora.

As investigações demonstraram que o grupo extremista recrutava indivíduos, incluindo menores de idade, para planejar ataques coordenados utilizando explosivos caseiros e garrafas incendiárias. A motivação, conforme apurado, era alcançar notoriedade nas redes sociais por meio desse “desafio coletivo”.

Luiz Fabiano, que inicialmente foi apontado como líder da organização criminosa, foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por posse ilegal de arma de fogo. Após a prisão, ele efetuou o pagamento de fiança e saiu da custódia.

Entretanto, o juiz do Rio Grande do Sul determinou a prisão preventiva dele no domingo (4). Luis Fabiano foi novamente preso na segunda-feira (5), sendo solto neste sábado.

Fonte: CNN Brasil

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