Juiz federal Alexandre Moraes concede permissão para que familiares de Eduardo Cury possam visitar o deputado federal Marcelo Câmara
Antigo assessor de Jair Bolsonaro foi preso na quarta-feira passada (18).

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu que o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), recebesse visitas de familiares na unidade prisional onde está detido.
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As visitas se restringem à esposa, filhos, pais e irmãos de Câmara. Além do contato presencial, é possível realizar reuniões virtuais com o militar, observando as normas do estabelecimento prisional. Outras visitas, que não envolvam advogados com procuração, necessitam de autorização prévia de Moraes.
A prisão preventiva de Câmara foi decretada pelo juiz na última quarta-feira (18). No dia seguinte, o STF decidiu manter a prisão do coronel após a realização da audiência de custódia. O militar se encontra detido no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília.
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O advogado Eduardo Kuntz comunicou à CNN que a defesa técnica entrará com recurso por meio de agravo regimental na próxima segunda-feira (23), “comprovará a ilegalidade da prisão e aguardará sua soltura imediata”.
Câmara foi réu na ação penal que investiga o planejamento de um golpe de Estado no país no contexto das eleições de 2022. Ele foi preso por tentar obstruir a investigação.
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A ordem de prisão se deu após Kuntz informar ao STF ter conversado com o tenente-coronel Mauro Cid sobre o seu acordo de delação. Diante disso, Moraes também determinou a abertura de um inquérito contra o coronel e seu advogado.
Segundo o ministro, ambos tentaram obter dados sigilosos relacionados ao acordo de colaboração premiada — o mesmo motivo que resultou na prisão preventiva do general Walter Braga Netto.
O ministro ordenou que Câmara, Kuntz e Cid sejam ouvidos pela Polícia Federal em até 15 dias.
Moraes apontou que Kuntz manteve conversas conduzidas pelo Instagram e por intermédio de contatos pessoais na Sociedade Hípica de Brasília durante o período em que o coronel estava detido.
O advogado informou ao Supremo que utilizou um perfil chamado “gabrielar702”, quando o tenente-coronel estava impedido de acessar as redes sociais. As conversas foram divulgadas pela revista Veja.
Especialista em Operações Especiais e analista de inteligência, com formação nas Forças Especiais do Exército, o indivíduo se graduou em Ciências Militares e em Administração (curso de Formação de Oficiais) pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) de Resende, no Rio de Janeiro, em 1992.
Ele serviu na Amazônia por seis anos, liderando uma organização militar. Durante esse período, participou de treinamentos e eventos de natureza nacional.
Ademais, o coronel atuou em ações relacionadas à administração pública.
Em 2015, o militar foi designado oficial de gabinete do Comandante do Exército. Em 2018, exerceu a função de Assessor Parlamentar do Gabinete do Comandante do Exército. Posteriormente, tornou-se assessor de Bolsonaro.
Com informações de Luísa Martins e João Scavacin, da CNN
Fonte por: CNN Brasil