Juiz federal manda prender custodiados acusados de tentar invadir área restrita no aeroporto de Brasília

Indivíduos acusados de planejar o ataque a um caminhão-tanque na véspera do Natal de 2022, agora também são investigados por crimes relacionados aos eve…

27/06/2025 19h11

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão preventiva de três homens condenados pela tentativa de explosão de um caminhão-tanque nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, que ocorreu em 24 de dezembro de 2022, véspera de Natal.

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A ordem foi emitida na terça-feira (24) e afeta George Washington de Oliveira, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza. A determinação determina que os três réus permanecerão presos sem prazo definido, até que o STF julgue os novos processos em andamento contra eles. Moraes também ordenou que os réus passem por audiência de custódia nas próximas semanas.

Moraes considerou que a tentativa de atentado apresenta conexão direta com a suposta trama golpista que culminou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que os três acusados compõem um grupo que visava abolir violentamente o Estado Democrático de Direito e obstruir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

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O Ministério Público Federal denunciou os indivíduos ao Supremo Tribunal Federal por associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e atentado contra a segurança de transporte aéreo. “Os meios escolhidos foram suficientes para caracterizar grave ameaça, por anunciar catástrofe coletiva com recado persuasivo. Firmadas essas premissas, há necessidade de acautelar a ordem pública”, justificou Moraes na decisão.

George Washington de Oliveira, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo já foram condenados pela Justiça do Distrito Federal no ano passado. O empresário recebeu pena de nove anos e quatro meses de prisão pelos crimes de explosão, posse ilegal de arma de fogo e tentativa de incêndio. Alan Diego dos Santos foi condenado a cinco anos e quatro meses, e Wellington Macedo, a seis anos de prisão, acusado de expor a integridade física da população com uso de explosivos.

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Com a nova decisão, eles continuavam cumprindo suas penas em regime semiaberto. A nova ordem de prisão preventiva revoga essa condição e estende os efeitos das acusações atualmente em tramitação no STF.

Um ataque com veículo carregado de combustível foi alvo de um explosivo, sendo o artefato deixado perto do aeroporto da capital. A bomba não detonou totalmente, causando apreensão na véspera do Natal e mobilizando equipes de segurança.

O caso se configurou como um dos primeiros incidentes ligados à intensificação da violência promovida por grupos extremistas insatisfeitos com o resultado das eleições de 2022, que antecederam os ataques de 8 de janeiro no ano seguinte. Com a decisão de Moraes, os acusados agora precisam responder não apenas pelas penas já estabelecidas, mas também pelos desdobramentos criminais considerados como tentativa de golpe de Estado pela Justiça.

Fonte por: Jovem Pan

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