Juiz revoga condenação por agressão sexual envolvendo Harvey Weinstein

Na quarta-feira, o júri condenou o ex-produtor por agressão sexual contra Miriam Haley e o absolveu da agressão sexual contra Kaja Sokola, ambas ocorridas em 2006.

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New York (United States), 12/06/2025.- Former US film producer Harvey Weinstein appears at Manhattan Criminal Court for his retrial on rape and sexual assault charges in New York City, New York, 12 June 2025, a day after a partial verdict was reached in the trial. Weinstein was found guilty on 11 June of sexually assaulting Miriam Haley and not guilty of sexually assaulting former model Kaja Sokola. The jury was unable to reach a verdict on the third count of rape and continues to deliberate on 12 June. (Nueva York) EFE/EPA/JEFFERSON SIEGEL / POOL

O juiz de instrução do caso envolvendo o ex-produtor de cinema Harvey Weinstein declarou a anulação do julgamento da acusação de estupro devido a divergências entre os membros do júri. “As deliberações se tornaram tão acaloradas que me vejo obrigado a declarar a anulação do julgamento da única acusação sobre a qual ainda não chegaram a um acordo”, disse o juiz Curtis Farber ao júri. Na quarta-feira, o júri condenou Weinstein por agressão sexual contra Miriam Haley e o absolveu da agressão sexual contra Kaja Sokola, ambas supostamente ocorridas em 2006. Contudo, os 12 integrantes do júri – 7 mulheres e 5 homens – foram incapazes de chegar a um acordo sobre a acusação de estupro contra Jessica Mann em 2013, pelo qual se realizará outro julgamento sobre esta acusação em uma data a ser definida. O juiz convocou uma audiência para o próximo dia 2 de julho.

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Weinstein reassumiu o julgamento após um tribunal de apelações ter revogado a sentença de 2020 e o veredicto de 2020 em um dos casos mais notórios do movimento #MeToo. Inicialmente, o júri considerou as alegações de Haley e Mann. A acusação de Sokola foi incluída neste novo processo.

Julgamento novo

A acusação, representada pela promotoria, rejeitou a alegação da defesa de que um novo julgamento causaria uma pressão injusta sobre Weinstein, aspirante a ator. “Procederemos ao julgamento e isso é o que seria justo neste caso”, declarou a promotora Nicole Blumberg. Weinstein já cumpre uma sentença de 16 anos de prisão imposta por um tribunal de Los Angeles após ser considerado culpado de estupro de uma atriz europeia há mais de uma década. O julgamento em Nova York foi marcado por recorrentes problemas pessoais entre os membros do júri, dois dos quais se queixaram individualmente ao juiz sobre a conduta de seus colegas.

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O presidente do júri comunicou ao juiz que não poderia prosseguir devido a ameaças recebidas de alguns membros do júri, que se manifestaram com gritos e ameaças. O juiz informou na quarta-feira a acusação e a defesa que um membro do júri proferiu ameaças ao presidente, afirmando que “um dia nos veremos cara a cara” fora do tribunal.

Arthur Aidala, principal advogado de Weinstein, solicitou novamente a anulação do julgamento. Em meio à expectativa, o fundador dos estúdios Miramax, de 73 anos, proferiu declarações na quarta-feira com tom assertivo. “Recebi ameaças, violência, intimidação… isso não está certo para mim… a pessoa que está sendo julgada aqui”, afirmou o ex-poderoso homem de Hollywood, cujas acusações de agressão sexual desencadearam o movimento #MeToo e sua queda dramática em 2017. Mais de 80 mulheres o acusaram de terem sido vítimas de seus abusos sexuais.

Com informações da AFP, publicado por Fernando Dias.

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Fonte por: Jovem Pan

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