Juíza impede veto de Trump contra estudantes internacionais na Universidade Harvard
O juiz emitiu ordem de restrição temporária contra ação do governo dos EUA que impactaria mais de 7.000 estudantes.

A juíza distrital Allison Burroughs impediu o governo de Donald Trump (Partido Republicano) de impedir a matrícula de estudantes estrangeiros na Universidade Harvard, concedendo uma ordem de restrição temporária contra a medida anunciada pelo DSI (Departamento de Segurança Interna) nesta sexta-feira (23.mai.2025).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na ação judicial que originou a decisão, a universidade alega que a medida teria efeito imediato e devastador para Harvard e mais de 7.000 titulares de visto.
A instituição declarou que o governo buscou eliminar um quarto do corpo estudantil de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a universidade e sua missão.
LEIA TAMBÉM:
● Governador solicita aos estudantes que defendam a democracia americana
● O Exame Nacional do Ensino Médio retomará sua função de certificado do ensino médio; saiba mais
● André Mendonça disponibiliza curso de oratória por R$ 22.500
Se mantida, a medida impediria Harvard de admitir novos estudantes internacionais nos próximos dois anos acadêmicos. A universidade, então, entrou com uma ação judicial no Tribunal Federal de Boston, argumentando que a decisão violava a 1ª Emenda da Constituição americana. O processo alega que a ação governamental constituía uma retaliação inconstitucional por Harvard ter desafiado exigências políticas do governo Trump.
A suspensão foi determinada após a universidade não responder a um pedido de informações da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem. O departamento alegou que Harvard fomentava um ambiente inseguro ao possibilitar que indivíduos “anti-americanos e pró-terroristas” atacassem estudantes judeus.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A universidade alega ter disponibilizado “milhares de pontos de dados” em resposta à solicitação inicial de Noem. A secretária informou que a instituição poderá recuperar a capacidade de receber estudantes estrangeiros se houver uma série de registros sobre esses alunos dentro de 72 horas.
A universidade afirma que a carta de Noem contém declarações genéricas sobre o ambiente do campus e “anti-americanismo”, sem estabelecer qualquer ligação lógica entre essas afirmações e a decisão de retaliar contra estudantes internacionais.
Fonte: Poder 360