A juíza boliviana Lilian Moreno foi presa na segunda-feira (5/5) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, após anular, na última semana, uma ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, acusado de tráfico de menores. A decisão da magistrada foi posteriormente revertida por outro tribunal, e ela agora enfrenta acusações de prevaricação e desobediência a resoluções constitucionais.
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Lilian foi presa sob a coordenação de Fernando Espinoza, da Promotoria Especializada em Anticorrupção, Legitimação de Ganho Ilícito e Crimes Tributários e Aduaneiros de La Paz.
Entenda o caso Evo Morales
Moreno aceitou um habeas corpus que revogava a imputação e o mandado de prisão contra Morales, além de rejeitar o bloqueio de seus bens e a proibição de deixar o país. Contudo, sua decisão foi suspensa por outro juiz, que restabeleceu as acusações contra o ex-presidente.
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Eduardo del Castillo, ministro de Governo (Segurança), afirmou que não há garantias para prender Morales sem expor a vida de civis a riscos.
O Ministério da Justiça da Bolívia denunciou a juíza por emitir determinações fora da lei, e ela foi transferida para La Paz, onde prestará depoimento a um promotor. O procurador-geral Roger Mariaca afirmou que a prisão foi realizada com uma “resolução fundamentada”.
A prisão da juíza agrava a crise institucional entre o Poder Judiciário e setores políticos na Bolívia. A decisão que ela proferiu foi revertida por outro tribunal, que restabeleceu a prisão de Evo.
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Fonte: Metrópoles