Kalil e convidados abordam os avanços no tratamento de tumores cerebrais
O programa “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” será exibido no sábado, 10 de maio, às 19h30.

Os tumores cerebrais constituem menos de 1% a 2% de todas as neoplasias no Brasil, embora sejam raros, o diagnóstico causa um impacto significativo para o paciente e seus familiares. Contudo, a medicina já avançou nas opções de tratamento para esse tipo de câncer, e o último episódio do “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” aborda esse tema.
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A ser exibido neste sábado (10), o programa traz convidados especiais do Dr. Roberto Kalil: Ludmila Koch, oncologista do Hospital Albert Einstein, e o neurocirurgião Marcos Stavale. No episódio sobre cérebro, os especialistas abordaram as dificuldades desses tipos de tumores e os avanços da medicina para o tratamento.
Quando se trata de tumores cerebrais, trata-se de uma variedade de neoplasias. São tumores relativamente raros, representando 1 a 2% de todas as neoplasias. Considerando o Brasil, estima-se que haja entre três e cinco casos por 100 mil habitantes. Aplicado à nossa população, isso resultaria em 6,6 mil a 11 mil novos casos por ano, afirma Koch.
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De acordo com Stavale, o principal desafio dos tumores cerebrais, assim como em todos os casos de câncer, é o diagnóstico precoce, o que demanda observação dos sinais clínicos.
Os sintomas globais são, em geral, devido ao aumento da pressão dentro do crânio. O mais comum é a dor de cabeça. Depois, evolui, a dor de cabeça piora, a pessoa pode ter vômitos, e se não for descoberto ou tratado, a pessoa começa a ficar sonolenta e pode entrar em coma.
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“Existem também um grupo de sintomas localizados. Por exemplo, um tumor na área motora provoca sintomas motores, um tumor na área da fala provoca sintomas de linguagem… tudo isso é bem visível no exame neurológico”, completa.
Stavale também explica que, em pessoas com mais de 55 anos, os sintomas podem demorar mais para aparecer. “Nas pessoas mais idosas, o cérebro diminui um pouco de tamanho e a gente tem mais água na cabeça. Então, o tumor cresce mais e não aumenta a pressão no crânio, demora a se manifestar”, completa.
A cirurgia é a abordagem mais usual para o tratamento de tumores cerebrais, buscando diminuir o tamanho do tumor. Nos últimos anos, as técnicas cirúrgicas avançaram significativamente, segundo os especialistas.
O procedimento é realizado por meio de um sistema de computação gráfica chamado navegação neural. Um robô diminuto indica o caminho. Em seguida, o paciente abre o crânio de forma reduzida, utiliza um aspirador ultrassônico que é posicionado sobre o tumor, e este remove o material com sucção. Muitos dos meus pacientes passam por essa operação e não necessitam de internação na UTI, sendo liberados para casa em dois ou três dias, relata Stavale.
“O mais importante é uma equipe multidisciplinar bastante engajada no tratamento do paciente. Porque precisamos do apoio do neurocirurgião, do neurologista, no manejo de crises convulsivas, do radioterapeuta e, claro, das equipes de saúde para a própria reabilitação desse paciente”, complementa Koch.
No entanto, é possível discutir sobre cura? “Alguns pacientes têm cura, outros não têm cura, mas a maioria tem controle. Às vezes, é um problema para você conviver, e não para resolver”, afirma Stavale. Mas os dois são taxativos em dizer que cada caso é um caso. “A gente fala em medicina personalizada, mas eu acho que o mais importante é a personalização do paciente”, finaliza Koch.
A transmissão do programa “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” está marcada para o sábado, dia 10 de maio, às 19h30, na CNN Brasil.
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Fonte: CNN Brasil