Kirchner anuncia que concorrera nas eleições de Buenos Aires
Ex-presidente da Argentina buscará cadeira como deputada provincial; foi julgada e considerada culpada por corrupção em 2022.

Cristina Kirchner confirmou sua candidatura ao cargo de deputada provincial em Buenos Aires, apesar da condenação por corrupção em 2022. A ex-presidente e ex-vice-presidente da Argentina comentou sobre sua candidatura em uma entrevista ao canal C5N na segunda-feira (2.jun.2025). As informações são do jornal Clarín.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A ex-presidente concorre a uma das oito seções eleitorais da província de Buenos Aires, que abrangem vários municípios.
A Terceira, também conhecida no meio político, é um reduto do peronismo. Abrange 19 municípios da região metropolitana de Buenos Aires e possui quase 5 milhões de eleitores. A maioria dos distritos é governada por peronistas. Segundo o jornal argentino, em alguns deles, esses candidatos alcançam mais de 70% dos votos nas eleições, enquanto seus concorrentes não ultrapassam 15% das preferências.
LEIA TAMBÉM:
● Tribunal de Contas da União inicia investigação sobre despesas da Apex Minas em viagem ao Japão
● Especialistas questionam a restrição de acesso às redes sociais de Zambelli
● Comunidades impactadas por rompimentos de barragens demonstram solidariedade contra projeto legislativo
O kirchnerismo tem obtido sucesso na seção eleitoral desde 2005, apesar de derrotas em âmbito nacional. Em 2009, por exemplo, Néstor Kirchner perdeu no total provincial, mas venceu nessa seção. O padrão se repetiu em 2013 e em 2017.
Desde 1987, o peronismo só teve menos de 1 milhão de votos na região em 3 ocasiões: 1991, 2001 e 2003.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Pela primeira vez, as eleições serão realizadas em duas datas diferentes. No dia 7 de setembro, os eleitores escolherão os representantes para os cargos provinciais. Já a votação para os cargos nacionais, que incluem 35 deputados, será realizada em 26 de outubro.
A divisão da eleição em duas etapas foi divulgada há algumas semanas pelo governador da província de Buenos Aires, também peronista Alex Kicillof, ex-ministro do governo de Kirchner. Apesar de ser considerado um aliado político da ex-presidente, Kicillof enfrenta, no momento, uma disputa com Kirchner pela liderança do campo político.
Cristina Kirchner foi sentenciada a 6 anos de prisão pelo Tribunal Federal em 2022, contudo, permanece aguardando uma decisão da Suprema Corte, uma vez que a ex-presidente pediu a anulação da sentença.
Cristina e seu marido, Néstor Kirchner —que faleceu em 2010—, foram acusados de corrupção por supostamente beneficiar o empresário Lázaro Báez em obras públicas na província de Santa Cruz nos três primeiros mandatos dos Kirchners (2003–2015).
Fonte por: Poder 360