A primeira onda da economia criadora no Brasil focou em criar conteúdo e construir audiências. Agora, o foco está em como os criadores podem transformar essa audiência em negócios lucrativos, com ênfase na monetização e profissionalização. A startup Lastlink, que oferece uma solução completa para que criadores vendam produtos e serviços online, acaba de receber um investimento de R$ 28 milhões na sua rodada Série A.
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Investimento Estratégico para Crescimento
O investimento foi liderado pela Investimentos, com participação do grupo controlador da EXAME e da Scale-Up Ventures. A Lastlink busca se tornar a base tecnológica e operacional que permite que qualquer criador – seja na área de fitness, finanças, mentorias, eventos ou produtos físicos – transforme sua audiência em um negócio escalável.
Com um mercado estimado de cerca de 500 mil empreendedores digitais ativos no Brasil, a empresa tem uma meta ambiciosa: processar R$ 1 bilhão em vendas até 2026, oferecendo soluções de pagamento, checkout, análise de dados e gestão automatizada para pequenos negócios digitais em expansão.
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A História por Trás da Lastlink
Fundada por Michel Ank, a Lastlink tem suas raízes em experiências diversas. Ank cresceu em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, e começou a trabalhar com internet aos 15 anos. Sua trajetória inclui atuação na área de tecnologia da cooperativa Copertran e mais de uma década na Vale. “A carreira corporativa me ensinou muito, mas eu queria resolver problemas em escala”, conta Ank.
A ideia da Lastlink surgiu em 2020, durante a pandemia, com a proposta de criar uma “escola digital” acessível a qualquer pessoa.
O Modelo de Negócios da Lastlink
A Lastlink funciona como uma plataforma “plug-and-play” para criadores digitais. Ela permite a criação de links exclusivos para venda de produtos e serviços, com gestão automatizada de pagamentos (Pix, cartão, recorrência), relatórios, membros, marketing digital e um aplicativo próprio para a base de clientes. “Você aperta o play e tudo acontece por trás.
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O criador só precisa se preocupar com o que ele faz de melhor: criar e vender”, explica Ank. A empresa se concentra em “creatorpreneurs”, pessoas que desejam profissionalizar seus negócios digitais, mas enfrentam dificuldades operacionais, como a gestão de estrutura, recorrência e confiança.
Mais do que Tecnologia: Uma Comunidade
Além da camada tecnológica, a Lastlink pretende ser uma comunidade de apoio para os criadores. A empresa reúne criadores de áreas como fitness, finanças, educação e saúde, todos com a capacidade de transformar a vida das pessoas com conhecimento aplicado.
A rodada de R$ 28 milhões será utilizada para expandir a tecnologia da Lastlink, atrair talentos e consolidar a base operacional. “Nosso objetivo é ser a base para milhões de criadores nos próximos anos. Queremos ser o que foi para o e-commerce: uma infraestrutura que roda o negócio online com robustez”, afirma Michel Ank.
A Astella, investidora em empresas como RD Station e Omie, vê na Lastlink um movimento estratégico para consolidar a empresa como a infraestrutura da nova economia digital no Brasil.