Legisladores aprovam medida que torna ilegal a realização de tatuagens e piercings em animais de estimação
Foi publicado no Diário Oficial da União a previsão de pena que varia de dois a cinco anos de prisão, somada à aplicação de multa.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), sancionou na terça-feira (17) a lei que impede a realização de tatuagens e a colocação de piercings em cães e gatos com fins estéticos em todo o país.
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A norma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e entra em vigor imediatamente. A partir de agora, quem praticar esses procedimentos em animais poderá ser condenado a pena de dois a cinco anos de reclusão, além do pagamento de multa.
A nova legislação modifica a Lei de Crimes Ambientais de 1998, que estabelece as penalidades criminais e administrativas para ações prejudiciais ao meio ambiente. O dispositivo alterado inclui a responsabilização por atos de abuso, maus-tratos, lesões ou mutilações contra animais domésticos.
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A mesma regra se aplica a quem realize experimentos dolorosos ou cruéis em animais vivos, inclusive com finalidades didáticas ou científicas, se houver métodos alternativos disponíveis. Quando a prática for praticada contra cães ou gatos, a pena é agravada: reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição de guarda do animal.
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A publicação representa um avanço na proteção dos direitos dos animais, contribui para o fortalecimento das políticas de bem-estar animal e combate práticas cruéis que ainda têm recorrência, declarou o Palácio.
A proposta foi apresentada pelo deputado Fred Costa (Patriota-MG) e aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Prejuízo aos animais
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) se opôs à realização de tatuagens e piercings em animais durante a tramitação do projeto no Congresso, enfatizando os riscos físicos e psicológicos envolvidos.
As tatuagens podem causar hemorragias, reações inflamatórias, infecções cutâneas profundas, traumas psicológicos e prejuízo ao bem-estar animal.
A colocação de piercings frequentemente implica a restrição forçada do animal e a perfuração em áreas sensíveis, como orelhas, nariz, cauda e língua. A prática pode resultar em infecções locais e sistêmicas, rejeição do corpo estranho, reações alérgicas, cicatrizes, irritabilidade, apatia, automutilação, aumento da sensibilidade e aversão ao toque.
Apesar de terem sido empregadas anteriormente para a identificação de animais de criação, laboratório ou reprodutores, essas técnicas são atualmente consideradas obsoletas. Métodos contemporâneos, como a utilização de microchips – que possibilitam a identificação eletrônica sem dor ou prejuízo ao animal –, representam alternativas mais seguras e eficientes.
Rio de Janeiro, Pernambuco e o Distrito Federal já haviam aprovado leis locais que criminalizavam tais práticas. A nova lei federal agora unifica o entendimento em todo o país.
Fonte por: CNN Brasil